Estados a legislar sobre questões específicas (art. 22, parágrafo único, da CF). FONTES DO DIREITO ELEITORAL O Direito Eleitoral pode ser considerado um microssistema jurídico, pois é composto de normas de caráter material e processual de natureza civil, administrativa e penal. São fontes diretas do Direito Eleitoral a Constituição Federal, o Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65), a Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/97), a Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/95), a Lei das Inelegibilidades (LC n.º 64/90) e as Resoluções do TSE. Existe um poder regulamentar instituído pelo Código Eleitoral, reafirmado pela Lei das Eleições, a partir do qual o legislador conferiu ao Poder Judiciário (TSE) a prerrogativa de esmiuçar o conteúdo previsto em lei e em normas gerais produzidas pelo Poder Legislativo. De acordo com o art. 105 da Lei n.º 9.504/97, até o dia 5 de março do ano da eleição, o TSE, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas em Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos. Dessa forma, o TSE poderá expedir resoluções, desde que não inove na ordem jurídica. O poder regulamentar do TSE é restrito. A lei deixa claro que não se pode criar obrigação sem embasamento legal. A Resolução n.º 23.472/2016, do TSE, regulamenta o processo de elaboração das resoluções que normatizam as eleições ordinárias, na forma do disposto no art. 105 da Lei n.º 9.504/97. São fontes indiretas do Direito Eleitoral o Código Civil, o Código de Processo Civil, o Código Penal e o Código de Processo Penal. Tais normas são aplicadas de maneira subsidiária. DEMOCRACIA É o regime político fundamentado na ampla participação popular, na igualdade política, na transparência e no desenvolvimento do espírito crítico do povo. São espécies de democracia: 3.1. Democracia direta O poder é exercido diretamente pelo povo. Os cidadãos participam das decisões governamentais sem a presença de intermediários.