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A história nova, que recusa mais do que nunca a filosofia da história e que se nega a reconhecer-se em Vico, Hegel, em Croce, e muito mais em Toynbee, não se contenta mais, portanto, com as ilusões da história positivista e, para além da crítica decisiva do fato ou do acontecimento histórico, se volta para uma tendência conceitual que pode arrastá-la em direção a outra coisa que não ela própria, quer que se trate das finalidades marxistas, das abstrações weberianas ou das intemporalidades estruturalistas.” (LE GOFF; NORA, 1995, p. 13). A citação acima denota qual posicionamento dos historiadores pertencentes à terceira geração dos Annales?

a.Recusa de vertentes ideológicas e de dogmatismo.
b.Recusa do marxismo e aliança com o liberalismo.
c.Tendência em se aproximar da sociologia.
d.Deslegitimação da filosofia e exaltação da ciência.
e.Recusa dos princípios da primeira geração.

Discussões sobre Licenciatura em História

ano passado

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33 pág.

Prova Inrodução aos Estudos Históricos

UNIASSELVI

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A citação menciona a recusa da filosofia da história e a crítica ao positivismo, além de indicar uma busca por novas abordagens que não se limitem a dogmas ideológicos. Os historiadores da terceira geração dos Annales, como Le Goff e Nora, buscavam uma nova forma de entender a história, afastando-se de vertentes tradicionais e ideológicas. Analisando as alternativas: a) Recusa de vertentes ideológicas e de dogmatismo - Esta opção se alinha com a ideia de rejeitar as ilusões da história positivista e a busca por novas abordagens. b) Recusa do marxismo e aliança com o liberalismo - Embora o texto mencione finalidades marxistas, não indica uma aliança com o liberalismo. c) Tendência em se aproximar da sociologia - Embora a sociologia seja mencionada, a ênfase está mais na recusa de dogmas. d) Deslegitimação da filosofia e exaltação da ciência - O texto critica a filosofia da história, mas não necessariamente exalta a ciência de forma direta. e) Recusa dos princípios da primeira geração - Embora haja uma crítica, a opção mais abrangente é a que fala sobre a recusa de dogmas. Portanto, a alternativa correta é: a) Recusa de vertentes ideológicas e de dogmatismo.

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Encontramos na narrativa de Heródoto o conceito de história, da própria História e dos métodos de investigação. Ele procurava tomar um distanciamento com relação ao objeto estudo, colocando-se em terceira pessoa na narração. Outro aspecto importante na escrita de Heródoto é a questão da diferença, sobre esta questão, assinale a alternativa correta:

a.Já não pontuava a diferença entre os deuses e os seres humanos, mas sim entre os povos.
b.Sustentava que todos os povos eram iguais, isso se explica pela democracia grega.
c.Salientava que a diferenças físicas eram mais importantes do que as diferenças culturais.
d.Essa diferença servia como modo de se reconhecer como cidadão cosmopolita.
e.Via similitudes entre os gregos e os bárbaros e diferenças com os demais povos.

As funções do historiadores foram várias no decorrer do tempo, desde conselheiro de príncipes, educadores, defensores da pátria, dentre. Atualmente, discute-se o papel dos historiadores atrelado ao que Rüsen define como despertar da consciência histórica. Sobre a consciência histórica, é correto dizer:

a. Relaciona-se com atos memoralísticos, que relembram o passado com saudosismo e criam nos indivíduos uma paixão com relação as suas raízes.
b. Permite aos seres humanos a compreensão da própria realidade, as suas transformações, em uma relação dinâmica entre expectativa e experiência vivida.
c. Permite a sociedade retroceder ao passado e viver de acordo com os valores antigos, respaldando a tradição, em detrimento da modernidade.
d. Desperta o reconhecimento do poder dos governantes ao liderar um povo, em detrimento das vontades individuais e manifestações multiculturais.
e. Permite aos indivíduos colocar os fatos históricos em ordem cronológicas, reconhecendo a importância prática deste recurso para suas vidas.

O conhecimento histórico mostra-se fundamental para a compreensão do presente, de modo que sempre há uma relação entre presente e passado. O fato é que os seres humanos sempre tiveram uma relação especial com o passado e procuravam representá-lo de diferentes formas, como é o caso das narrativas míticas das civilizações tradicionais. Com base nisso, identifique a melhor definição de mito dentre as alternativas abaixo:

a. O mito narra histórias de caráter sobrenatural de como um estado de coisas passou a existir, tendo função explicativa de criação.
b. O mito é uma história falsa contada entre os povos antigos entre o senso comum, sendo que a verdade ficava entre os governantes.
c. O mito contava a história do agora, do tempo presente, pois havia total ausência de artifícios explicativos que se relacionassem com passado.
d. O mito era uma das formas de entretenimento entre os povos antigos, se desvinculando de histórias de entes sobrenaturais.
e. O mito conta a história de heróis humanos e como estes foram responsáveis por fundar o cosmo e iniciar a humanidade.

Leia a citação a seguir: “[...] o passado está organizado de modo diferente, em função de pontos de referências diferentes. [...] Na Grécia, a Antiguidade chega até o século XV, e a ocupação turca corresponde a uma espécie de Idade Média. Na China, a história “moderna” (jindai) vai das guerras do ópio ao movimento patriótico de maio de 1919. Começa com este último a história “contemporânea” (jiandai).” (CHESNEAUX, 1995, p. 93) A partir da citação acima, considerando as premissas do quadripartismo histórico, analise as afirmativas abaixo e escolha a correta.

a. O quadripartismo histórico deve ser tomado como norte do historiador, especialmente quando este deseja analisar a história da América Latina.
b. Na concepção da historiografia tradicional francesa, legitimada pelo quadripartismo histórico, privilegia-se a história da América, África e Ásia.
c. O quadripartismo histórico, acertadamente, olha para a história de outras regiões e as configura como fruto direto da interferência da Europa.
d. Na concepção trazida pela historiografia tradicional europeia, clarificada pelo quadripartismo, eventos particulares são narrados como se fossem universais.
e. O quadripartismo histórico advém de uma concepção multicultural da historiografia, na qual os pontos de referência são relativizados.

Seja qual for o domínio da historiografia, História Antiga, História Medieval, História do Brasil, História da alimentação, História das religiões, etc., o que vemos é a prevalência do estudo do passado. O estudo do passado é pedra angular da História e este estudo tem significância. Sobre o significado do estudo do passado, marque a alternativa verdadeira:

a. O passado tem significado a partir do momento em que o Estado monopoliza as memórias importantes para aquela nação.
b. Passado e memória são sinônimos, por isso, o significado do passado está na conservação da memória da maior parte das pessoas.
c. O historiador tem monopólio sobre o passado, a partir do que se produz na historiografia é que se pode falar em significado.
d. O passado chega até nós por meio da memória e possui significado no tempo presente, sendo assim ele está presente em todos os âmbitos da sociedade.
e. O significado do passado está na memória dos mais velhos e nos registros escritos, a escrita da história depende disso.

O grego Tucídides, que viveu no século V a.C. foi um nome importante para a escrita da História na Antiguidade. Ao narrar a Guerra do Peloponeso, tal como Heródoto, procurava uma explicação racional do mundo, ainda que tivesse algumas divergências com este. Com relação à escrita da História por Tucídides, marque a alternativa correta:

a. Utilizava-se do discurso para o público ouvinte como forma da História não cair no esquecimento, ao contrário da palavra escrita.
b. Se aproximava do discurso homérico, procurando realizar uma linguagem poética sem compromisso com o que realmente se passou.
c. Considerava a História um importante ramo da filosofia, por isso, seus escritos tinham clara intenção e empreender uma escrita da História.
d. Procurava narrar em espaços públicos os desdobramentos da guerra que presenciava, dando espaço à oralidade.
e. Tinha intenção de registrar por escrito as causas e desdobramentos do evento histórico, ainda que não tenha definido sua escrita como História.

Leia o que se segue: “Em suma, nunca se explica plenamente um fenômeno fora do estudo de seu momento. Isso é verdade para todas as etapas da evolução. Tanto daquela em vivemos como das outras.” (BLOCH, 2001, p.60) O trecho se refere a importância de se conhecer um fenômeno com base no próprio período estudado. Com base nisso, identifique a problemática na busca das origens de um acontecimento:

a. Um dos pilares da escrita da história deve ser a busca pelas origens, já que sem conhecer a origem específica é impossível entender o contexto.
b. O contexto está ligado às origens, na medida em que estas podem ser mapeadas de forma objetiva e sem elas não há pesquisa histórica.
c. A problemática da busca pelas origens de um fenômeno é a prática ideal para historiador, já que a origem é o começo que explica.
d. A busca infindável pelas origens é uma forma incorreta de entender os acontecimentos, pois torna as origens um começo que explica.
e. A busca pelas origens é forma incorreta de entender o contexto histórico, pois é a partir da análise do futuro que a pesquisa se torna viável.

A noção de temporalidade no âmbito da escrita da história sempre esteve articulada ao seu contexto. Se dentre os povos ditos primitivos reinava a concepção de tempo cíclico, a noção de tempo que aparece na Idade Média é completamente distinto e está fortemente arraigada na concepção cristã influente no período. Sobre a relação entre temporalidade e escrita da história na Idade Média, assinale a resposta correta:

a. A história começava na criação e terminaria no Juízo final, esboçando, portanto um caráter teleológico do tempo.
b. As concepções sobre a temporalidade tinham influência nula dos dogmas da Igreja, se pautando em princípios laicos.
c. A noção de temporalidade era teleológica na medida em que considerava o tempo como uma eterna narrativa de criação e destruição.
d. A noção de temporalidade tal como a história concebe hoje, fundamentada em métodos, já existia na Idade Média.
e. A escrita da história na baixa Idade Média prezava pela noção do eterno retorno, calcada na perspectiva bíblica.

No Brasil a historiografia está vinculada a tradições específicas que definem o modo como compreendemos a história e com o ela é ensinada. Muito desta tradição está calcada em uma historiografia eurocentrada, especialmente a francesa. Normalmente, boa parte dos currículos mais conservadores adotam a uma divisão estrutural, que corresponde a:

a. História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea.
b. História da França, História do Brasil, História Moderna, História Contemporânea.
c. História do Brasil, História da Europa, História da América, História da Ásia.
d. História Medieval, História Moderna, História do Brasil, História Contemporânea.
e. História Antiga, História greco-romana, História Medieval, História Moderna.

Um tipo de escrita da história comum durante a Roma Antiga foi por meio dos Annales (anais). Os annales contavam a história de Roma ano a ano e conservavam o modelo de escrita grega, buscando confrontar testemunhos, prezando pela busca da verdade, característico do estilo analístico. Sobre a escrita dos annales por Tácito analise as seguintes proposições:

a. Narrava uma história política, acerca dos mecanismos de obtenção e manutenção do poder.
b. Dedicava-se à história cultural de Romana, ressaltando as principais obras artísticas do ano.
c. Tinha como propósito relatar o cotidiano do homem simples romano.
d. Relatava o desenvolvimento político grego desde suas origens até ano corrente.
e. Contava as histórias das revoluções populares em cada ano e em cada localidade.

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