Logo Passei Direto
Buscar
Senhor de 71 anos, ex-tabagista, hipertenso, infarto agudo do miocárdio há 6 meses, chega à unidade básica de saúde, relatando que há aproximadamente 2 horas iniciou-se um quadro de dor de forte intensidade em membro inferior direito, associada a edema, palidez e redução da temperatura do membro. No início achou tratar-se de uma câimbra forte, já que apresenta varizes dos membros inferiores e já havia apresentado condição semelhante anteriormente. A dor, porém, ficou mais intensa; ele ficou sem força no membro para deambular e resolveu procurar assistência médica para alívio da dor. Paciente previamente hígido apesar do infarto. Costumava trabalhar diariamente na horta de seu quintal e fazer caminhadas até o centro da cidade. O clínico assistente inicia um exame físico do paciente, percebendo edema assimétrico de membros, palidez e frialdade do pé direito e ausência de pulsos poplíteo, tibial anterior e tibial posterior à direita. Pulsos presentes e amplos em membro inferior esquerdo. Paciente encontrava-se com PA: 130x90 mmHg e pulso arrítmico. Marque a consideração correta.

a) Como paciente portador de varizes dos membros inferiores, com história de já apresentar edema de membros inferiores pela insuficiência venosa crônica e episódios anteriores de câimbra, trata-se de um novo episódio de câimbra mais forte devido à piora da insuficiência venosa do paciente. O clínico, então, prescreve analgésicos, anti-inflamatórios, repouso com drenagem postural do membro e encaminha o paciente para avaliação das varizes com um angiologista.
b) Como paciente previamente hígido, sem história de claudicação limitante de membros inferiores, pulsos contralaterais presentes e amplos, com dor súbita, frialdade e ausência de pulsos à direita, trata-se de uma oclusão arterial aguda, de etiologia provavelmente embólica. Deve ser iniciada anticoagulação sistêmica do paciente; aquecimento do membro; e ele deve ser encaminhado para serviço terciário para exploração arterial de urgência.
c) Como paciente portador de insuficiência venosa crônica e varizes de grosso calibre, o que gera estase venosa, trata-se de um quadro de trombose venosa profunda de membro inferior direito, caracterizada pelo edema e dor intensa do membro. O clínico, então, encaminha o paciente para um serviço terciário para confirmação diagnóstica com ultrassom doppler do membro e anticoagulação sistêmica.
d) Como paciente hipertenso, ex-tabagista (fatores de risco para a doença arterial obstrutiva periférica), já com comprometimento da circulação coronariana, deve apresentar também comprometimento da circulação arterial periférica do membro inferior direito que evoluiu com piora dos sintomas e ausência de pulsos por uma obstrução progressiva das artérias do membro. O clínico, então, prescreve cilostazol, antiagregante plaquetário, estatina e encaminha o paciente para avaliação ambulatorial com angiologista.
User badge image
Matematicamente

ano passado

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

ano passado

Vamos analisar cada alternativa com base nas informações do caso clínico: a) A descrição sugere que o paciente tem um quadro de dor intensa e ausência de pulsos, o que não é compatível com uma simples piora da insuficiência venosa. Portanto, essa alternativa não é correta. b) O paciente apresenta dor súbita, frialdade e ausência de pulsos à direita, o que é indicativo de oclusão arterial aguda. A descrição é coerente com essa condição, e a abordagem sugerida (anticoagulação, aquecimento e encaminhamento para exploração arterial) é adequada. Essa alternativa parece correta. c) Embora a trombose venosa profunda possa causar dor e edema, a ausência de pulsos e a frialdade do membro são mais indicativas de um problema arterial, não venoso. Portanto, essa alternativa não é correta. d) Embora o paciente tenha fatores de risco para doença arterial obstrutiva, a descrição dos sintomas (dor súbita, frialdade e ausência de pulsos) sugere uma oclusão aguda, não uma obstrução progressiva. Assim, essa alternativa não é a mais adequada. Com base na análise, a alternativa correta é: b) Como paciente previamente hígido, sem história de claudicação limitante de membros inferiores, pulsos contralaterais presentes e amplos, com dor súbita, frialdade e ausência de pulsos à direita, trata-se de uma oclusão arterial aguda, de etiologia provavelmente embólica. Deve ser iniciada anticoagulação sistêmica do paciente; aquecimento do membro; e ele deve ser encaminhado para serviço terciário para exploração arterial de urgência.

Essa resposta te ajudou?

0
Dislike0
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar essa resposta. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Ainda com dúvidas?

Envie uma pergunta e tenha sua dúvida de estudo respondida!

Essa pergunta também está no material:

Mais perguntas desse material

Paciente de 31 anos, vítima de acidente automobilístico (colisão carro-carro, no qual se encontrava sem cinto de segurança), é trazido à UPA pelo SAMU, com colar cervical e imobilização em prancha de madeira. Apresenta escoriações em face, encontra-se orientado, respondendo a questionamentos, porém, com importante desconforto respiratório. Ao continuar o exame físico do paciente, foram observados ingurgitamento cervical, face pletórica, desvio da traqueia a palpação, redução importante do movimento do hemotórax esquerdo, abolição do murmúrio vesicular isolateral e hipersonoridade a percussão do hemitórax esquerdo. A alternativa correta é:

a) trata-se de um pneumotórax simples, já que o paciente encontra-se orientado, respondendo a comandos, com via aérea pérvia. Deve-se proceder a realização de um raio X de tórax para confirmação diagnóstica e a seguir drenagem de tórax.
b) trata-se de um tamponamento cardíaco, já que o paciente apresenta ingurgitamento cervical, abolição do murmúrio vesicular a esquerda e hipersonoridade a percussão do hemitórax. Deve-se proceder a pericardiocentese de urgência e o paciente deve ser conduzido ao centro cirúrgico.
c) trata-se de um pneumotórax hipertensivo, já que o paciente apresenta ingurgitamento cervical, abolição do murmúrio vesicular e assimetria importante da expansibilidade do hemitórax esquerdo. O diagnóstico é clínico e deve-se proceder a drenagem torácica imediata, inicialmente com uma agulha de grosso calibre em segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular para aliviar os sinais de choque cardiogênico compressivo.
d) trata-se de uma contusão pulmonar à esquerda devido ao trauma contuso sofrido pelo paciente e o mesmo apresentar importante desconforto respiratório associado a dificuldade de expandir o hemitórax esquerdo. Deve-se proceder a intubação orotraqueal para ventilação mecânica e PEEP positiva.

Mais conteúdos dessa disciplina