Heródoto é servidor público estadual, atuando como professor na rede estadual de ensino do Município de Serra Azul, localizado no Estado de Minas Gerais. Durante uma reunião com colegas e gestores escolares, foi informado de que todos os dados acadêmicos dos professores do Estado haviam sido centralizados no novo Sistema Nacional de Registro Docente, que inclui informações de professores de municípios, estados e da União. Intrigado, Heródoto questionou ao seu Diretor, Parmênides, sobre como poderia ter acesso aos registros que constam sobre ele nesse novo banco de dados federal. Parmênides pediu que ele comparecesse à diretoria na segunda-feira seguinte para lhe passar as informações. Ao retornar no dia e horário combinados à sua escola, a Escola Estadual Sophia de Mileto, Parmênides informou que no Sistema Integrado de Dados Educacionais (SIDE), constavam registros sobre toda a sua trajetória acadêmica, incluindo graduação, pós-graduação, eventos internacionais e até sua participação em movimentos estudantis dos anos 1990 que se opunham a certas reformas educacionais da época. Heródoto solicitou ao Diretor que emitisse uma certidão com essas informações, para fins de comprovação em um processo de reconhecimento de título acadêmico. Parmênides, no entanto, indeferiu o pedido formal de Heródoto, alegando que a direção escolar não tinha autonomia para expedir a certidão. Inconformado, Heródoto dirigiu-se à Secretaria Estadual de Educação, localizada na capital, Belo Horizonte, onde foi atendido pelo Secretário de Educação, Crítias. Após ouvir o pedido de Heródoto, Crítias também negou o pedido de certidão e sugeriu que ele recorresse ao Ministério da Educação, em Brasília, por se tratar de um sistema centralizado na União. Heródoto então formulou novo requerimento ao Ministério da Educação, protocolado sob o número 5678/2023, solicitando a certidão com seus dados acadêmicos. No entanto, seu pedido foi novamente indeferido, agora pelo próprio Ministro da Educação em exercício, o professor Aristóteles de Cirene, que