Vamos analisar cada uma das alternativas em relação à relação texto/leitor e à estética da recepção: A. A concepção estética do passado não apresentava o autor como o dono do texto, e o leitor como expectador de uma obra que precisaria ser interpretada. - Essa afirmação não é correta, pois, historicamente, o autor era visto como a figura central na criação do texto. B. Na concepção estética do passado, segundo o escritor Umberto Eco, o "leitor ideal" seria aquele com competências para esgotar o texto na perspectiva e na intenção de quem o escreveu. - Essa afirmação é verdadeira, pois Eco fala sobre a ideia de um leitor que compreende completamente a intenção do autor. C. No passado, a leitura e a escrita eram democratizadas. A leitura ficava num lugar acessível a todos, e a escrita encarnava um "dom" quase divino, que deveria ser reverenciado. - Essa afirmação é contraditória, pois a leitura nem sempre foi acessível a todos, e a escrita era muitas vezes vista como um privilégio. D. Com todas as rupturas trazidas pela modernidade, a estética da recepção surge como uma nova ferramenta para sedimentar a ideia do autor como o dono do texto. - Isso não é correto, pois a estética da recepção valoriza o papel do leitor, não do autor. E. Um dos aspectos da estética da recepção é a valorização do leitor como peça-chave para acionar a existência do texto, provando uma nulidade no papel do autor. - Essa afirmação é correta, pois a estética da recepção realmente enfatiza a importância do leitor na interpretação do texto. Após essa análise, a alternativa correta é: E. Um dos aspectos da estética da recepção é a valorização do leitor como peça-chave para acionar a existência do texto, provando uma nulidade no papel do autor.