No pressuposto do processo analógico é reconhecida uma lacuna na lei, que faz necessária a utilização de norma análoga, obedecendo assim uma ordem lógica substancial. Já no pressuposto extensivo, o intérprete pressupõe que o legislador disse menos do que queria afirmar, fazendo assim com que o intérprete tenha a necessidade de alargar o campo de incidência da norma.
Segundo Guilherme Nucci, a interpretação extensiva é a ampliação do conteúdo da lei, efetivada pelo aplicador do direito, quando a norma disse menos do que deveria. Tem por fim dar-lhe sentido razoável, conforme os motivos para os quais foi criada.
Ex.: quando se cuida das causas de suspeição do juiz (art. 254, CPP), deve-se incluir também o jurado, que não deixa de ser um magistrado, embora leigo. Onde se menciona no Código de Processo Penal a palavra réu, para o fim de obter liberdade provisória, é natural incluir-se indiciado. Amplia-se o conteúdo do termo para alcançar o autêntico sentido da norma.
A interpretação analógica é um processo de interpretação, usando a semelhança indicada pela própria lei.
Ex. Art. 254 do Código de Processo Penal, cuidando das razões de suspeição do juiz, ao usar na lei a expressão “estiver respondendo a processo por fato análogo”.
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
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