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Sendo o crime um conceito jurídico, a antijuridicidade constitui o elemento nuclear e fundamental do crime. O antijurídico é o que é contrário ao Direito que se define desde a vida social, uma vez que tem como essência a ofensa a valores tutelados pela norma.
Sobre a classificação doutrinária da antijuridicidade, assinale a alternativa CORRETA:
A A antijuridicidade externa - o fazer ou deixar de fazer - apenas se manifesta quando impulsionado por uma vontade que determina a culpabilidade, e é esta vontade inicial a primeira fase que se define como antijuridicidade subjetiva. Já em um segundo momento há o juízo da ação em si, o querer e fazer, que define a antijuridicidade objetiva.
B Considera-se antijuridicidade subjetiva um juízo de valor que incide sobre a conduta em si, uma vez que a conduta típica exige, além dos elementos objetivos, que definem a culpabilidade, os externos, que são os efeitos na realidade.
C A antijuridicidade material define-se como a contrariedade à norma de Direito, a contrariedade do fato à norma e está contida na conduta típica.
D A antijuridicidade material ou substancial é a mera contradição entre o fato e a norma, e não leva em conta os valores, interesses, bens e necessidades existenciais da vida humana coletiva, que possibilitam a estabilidade e permanência da vida social e tutelados pelo Direito.
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há 10 meses

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há 10 meses

Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta sobre a classificação doutrinária da antijuridicidade: A) A antijuridicidade externa - o fazer ou deixar de fazer - apenas se manifesta quando impulsionado por uma vontade que determina a culpabilidade, e é esta vontade inicial a primeira fase que se define como antijuridicidade subjetiva. Já em um segundo momento há o juízo da ação em si, o querer e fazer, que define a antijuridicidade objetiva. - Esta alternativa confunde os conceitos de antijuridicidade externa e subjetiva, não apresentando uma definição clara. B) Considera-se antijuridicidade subjetiva um juízo de valor que incide sobre a conduta em si, uma vez que a conduta típica exige, além dos elementos objetivos, que definem a culpabilidade, os externos, que são os efeitos na realidade. - Esta alternativa não está correta, pois a antijuridicidade subjetiva não se refere a um juízo de valor sobre a conduta, mas sim à análise da vontade do agente. C) A antijuridicidade material define-se como a contrariedade à norma de Direito, a contrariedade do fato à norma e está contida na conduta típica. - Esta alternativa está correta, pois a antijuridicidade material realmente se refere à contrariedade do fato à norma jurídica. D) A antijuridicidade material ou substancial é a mera contradição entre o fato e a norma, e não leva em conta os valores, interesses, bens e necessidades existenciais da vida humana coletiva, que possibilitam a estabilidade e permanência da vida social e tutelados pelo Direito. - Esta alternativa é incorreta, pois a antijuridicidade material deve considerar os valores e interesses tutelados pelo Direito. Portanto, a alternativa correta é: C.

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Um dos elementos relevantes para a formação da culpabilidade penal é a exigibilidade de comportamento. Entretanto, prevê a legislação penal duas circunstâncias explícitas de inexigibilidade de conduta diversa, a coação moral irresistível e a obediência hierárquica.
Sobre esse tema, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Coação Moral Irresistível é definida como a situação que atua sobre a vontade do sujeito de forma a impor determinado comportamento e, assim, há redução do poder de escolha do agente.
( ) Obediência Hierárquica, prevista no art. 22 do CP, determina que é eximido de pena o agente que atua em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico.
( ) A interpretação de obediência hierárquica introduz um elemento de responsabilidade penal subjetiva incompatível com o Estado Democrático de Direito, ao punir um agente motivado por uma vontade não livre. Para a doutrina, em geral, a obediência, nessas circunstâncias, caracterizaria um erro de proibição invencível, chamado por Damásio de Jesus, destacado penalista brasileiro, de "obediência hierárquica putativa".
a) F - V - V.
b) F - F - F.
c) V - V - F.
d) V - F - V.

Identificar um ato humano como crime depende da relação da conduta com o que é estabelecido na lei penal, e é desta relação que se compreende se o agir é antijurídico ou ilícito. A importância de saber estabelecer adequadamente esta relação é a mais importante no Direito Penal, pois a antijuridicidade ou ilicitude é a essência do crime. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA:
a) A antijuridicidade é indicada pelo tipo. Sobre as condutas que a ele se encaixam, recai a presunção de serem antijurídicas. Existem tipos antijurídicos e não realizações antijurídicas do tipo.
b) A antijuridicidade é a não contradição do fato, eventualmente adequado ao modelo legal, com a ordem jurídica. Basta, portanto, para haver crime, que uma conduta humana corresponda materialmente ao tipo que a lei descreve.
c) A antijuridicidade não constitui uma qualidade do comportamento, pois não ocorre através de um juízo de valor objetivo consistente na apreciação de sua contrariedade ao direito.
d) Antijuridicidade, para os penalistas brasileiros, é considerada como sinônimo de ilicitude, sendo utilizado com mais frequência o termo 'antijuridicidade' para designar relação de contrariedade do fato humano com o ordenamento jurídico (ilicitude formal), quando há, pela conduta, exposição a perigo de dano ou lesão a um bem jurídico tutelado (ilicitude material).

Sem dúvida, a relação do Direito Penal com o Direito Constitucional é inegável e basilar. Considerando a Constituição Federal como o fundamento do ordenamento jurídico em um Estado Democrático de Direito e ápice do sistema jurídico, todas as normas obrigatoriamente estão vinculadas e subordinadas aos ditames constitucionais.
Sobre essa relação, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Na perspectiva contemporânea de Direito, o Direito Constitucional condiciona e norteia todos os ramos do Direito e, em particular, o Direito Penal, pois os bens jurídicos tutelados encontram-se insculpidos na Magna Carta como Direitos Fundamentais, cabendo ao Estado a tarefa de protegê-los. ( ) Na perspectiva contemporânea de Direito, o Direito Constitucional condiciona e norteia todos os ramos do Direito e, em particular, o Direito Penal pois esse, enquanto instrumento de controle social, facultando ao Estado a imposição de restrições a direitos fundamentais (vida, liberdade, patrimônio etc.), e esta ingerência deve ser em conformidade e sob o controle dos princípios constitucionais penais, que são indisponíveis e inegociáveis mesmo para o ente estatal. ( ) São muitos os pontos de contato entre o Direito Penal e o Constitucional. Por exemplo, a tutela penal da Administração Pública (Título XI da Parte Especial do CP), os efeitos extrapenais da condenação, dentre os quais há a perda do cargo, função ou mandato eletivo (art. 92, I, do CP) e ainda, a pena restritiva de direitos, como a proibição de atividade, cargo ou função pública, bem como mandato eletivo (art. 47, II, do CP).
a) F - F - V.
b) F - V - V.
c) V - V - V.
d) V - V - F.

A conduta - ação ou omissão - é um elemento essencial sob o aspecto objetivo do delito. São excluídos do âmbito da conduta os movimentos chamados de 'reflexos' uma vez que estão fora do domínio da vontade do sujeito.
Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:
I- Quem pratica ação ou omissão através de coação a qual não pôde resistir pratica conduta típica. O ato não é seu, mas do coator. Ao contrário, a coação moral não ilide a conduta porque, embora com a vontade viciada, há a conduta.
II- Exteriorização do pensamento: através de um movimento corpóreo ou abstenção indevida de um movimento. Isso significa que o direito penal não pune o pensamento ou mera cogitação por mais imoral, reprovável, que seja. Cogitationis poenam nemo patitur - ninguém pode sofrer pena pelo pensamento.
III- Há crimes que só podem ser praticados por meio de um único ato. Por exemplo, a injúria verbal (art. 140 CP). Esses são os crimes unissubsistentes ou monossubsistentes que são os crimes que não admitem a forma tentada.
IV- Omissão é a conduta positiva, a que consiste na abstenção de um movimento (non facere). Nos crimes omissivos, há na norma penal mandamento imperativo, como o art. 135 do CP (crime de omissão de socorro).
a) As afirmativas II e III estão corretas.
b) As sentenças II e III estão corretas.
c) As sentenças I e II estão corretas.
d) Somente a sentença I está correta.

A conduta é a condição necessária para a existência de um crime, como afirma o conhecido adágio jurídico: Nullum Crimen Sine Actione - nulo é o crime sem uma ação.
Sobre esse assunto, analise as afirmativas a seguir:
I- A Teoria da Imputação tem por finalidade analisar o tipo objetivo, estabelecendo-se uma relação de causalidade meramente formal. É uma condição mínima a ela agregando-se outras de forma a verificar se o resultado pode ou não ser imputado ao autor, porém, com o desenvolvimento do direito penal e de seus princípios, essa concepção foi sendo abandonada e superada, agregando-se outros elementos, quais sejam: a antijuridicidade e a qualidade culposa ou dolosa da ação.
II- Teoria causal-naturalista da ação: a conduta humana era definida como um movimento corporal voluntário que figurava como causa de um efeito, consistente na modificação no mundo exterior, ou resultado naturalístico.
III- Na visão finalista, o direito penal, com relação ao seu objeto 'conduta', realiza a valoração positiva de um ato não alterando o objeto, mas fornecendo dados ao intérprete para compreendê-la como crime.
IV- Teoria social da ação: a ideia central é buscar a síntese da relação entre o comportamento humano e o mundo circundante, compreendendo que nem toda ação é um comportamento socialmente relevante.
a) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente a afirmativa I está correta.
d) As afirmativas II e III estão corretas.

Define-se o excesso como a desnecessária intensificação de uma conduta inicialmente legítima. Apesar de o Código Penal se referir ao excesso nas formas dolosa e culposa, admite-se tal figura sem que se possa atribuir o exagero a título de dolo ou culpa, desde que desnecessária a intensificação da conduta legítima a partir de suas causas.
Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:
I- Excesso consciente (ou voluntário): quando o agente não tem plena noção/consciência de que a conduta está sendo além do que o necessário para repelir uma agressão inicialmente injusta.
II- Excesso inconsciente (ou involuntário): ocorre quando há uma avaliação ou compreensão inadequada da realidade (erro de tipo) e o sujeito ultrapassa os limites do que seria uma excludente de ilicitude sem ter ciência disso.
III- Há na doutrina e jurisprudência casos em que se diferenciam o excesso intensivo do excesso extensivo. Ocorre excesso intensivo ou excesso nos meios quando há exagero indevido na reação. O excesso extensivo ou excesso na causa quando há, proporcionalmente, menor valoração no direito protegido do que o atingido pela repulsa empregada.
IV- No excesso inconsciente ou involuntário há que se avaliar se o erro de tipo, por ele cometido, foi evitável ou não. Considera-se evitável, ou vencível, o erro em que uma pessoa de discernimento.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
d) As afirmativas II, III e IV estão corretas.

A presença da matéria penal nas Constituições contemporâneas se faz através de princípios especificamente penais, ou seja, de princípios de direito penal constitucional e de princípios constitucionais influente em matéria penal. Sobre a relação do Direito Penal com o Direito Constitucional, assinale a alternativa CORRETA:
a) O Direito Constitucional também prevê sanções, porém de caráter disciplinar, relacionadas à prática de atos ilícitos na esfera da administração pública.
b) O Direito Penal não é autoexecutivo, ou seja, é um direito de coação indireta cuja concretização depende do devido processo legal.
c) O Direito Penal, enquanto instrumento de controle social, faculta ao Estado a imposição de restrições a direitos fundamentais (vida, liberdade, patrimônio etc.), e esta ingerência deve ser em conformidade e sob o controle dos princípios constitucionais penais, que são indisponíveis e inegociáveis.
d) A responsabilidade penal e a administrativa são independentes, mas a condenação penal pode gerar efeitos na esfera administrativa, como perda de cargo ou função.

As normas penais, enquanto instrumentos jurídicos de garantia social em circunstâncias especialíssimas, permitem ao homem voltar seu comportamento contra os bens, necessidades e valores humanos, que, em situações normais, deveria proteger.
Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:
I- A excludente de ilicitude resulta da construção histórica penal de um determinado grupo social, uma vez que, ao longo do tempo, a dinâmica cultural e valorativa redefine as diversas formas de proteção de direitos, estabelecendo as excludentes de ilicitude.
II- Historicamente, a legítima defesa é a excludente de ilicitude mais antiga que se conhece, reconhecida em todos os tempos e por todos os povos e, segundo sua concepção, é justo impedir pela força a violação injusta e iminente de um interesse tutelado.
III- A expressão "estrito cumprimento do dever legal", por si só, não basta para justificar que tal conduta não é ilícita, ainda que se constitua típica.
IV- O exercício regular de um direito, como excludente da ilicitude, também quer evitar a antinomia nas relações jurídicas, posto que, se a conduta do autor decorre do exercício regular de um direito, ainda que ela seja típica, não poderá ser considerada antijurídica, já que está de acordo com o direito.
a) As afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente a afirmativa I está correta.
c) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas I, II e IV estão corretas.

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