Ponte de prata tem referência ao instituto do arrependimento posterior do código penal, artigo 16, desde que atendidos os devidos requisitos, quais sejam, crimes que não tenham sido cometidos com violência ou grave ameaça a pessoa, que o agente tenha reparado o dano ou restituída a coisa a vítima do fato delitivo, a conduta do agente deve ser voluntária, não se faz necessário espontaneidade, tendo como limite para aceitabilidade do benefício o recebimento da denúncia ou queixa. Sua natureza jurídica é causa obrigatória de diminuição de pena, tendo em vista que é previsto na Parte Geral do Código Penal. A redução é de um a dois terços, ao analisar o caso concreto e vislumbrar a causa de diminuição ele irá aferir o lapso temporal e efetividade da reparação do dano para decidir o quantum será aplicado para causa de diminuição. Seria o caso do individuo que repara o dano horas depois de ter sido conduzido até a delegacia de polícia ao contrário daquele que só vá reparar poucos dias, quando ficou sabendo, do recebimento da denúncia o queixa, o primeiro fará jus a redução máxima o segundo a redução mínima.
Ponte de Prata é um contra ponto a Ponte de Ouro, esta é causa de exclusão da tipicidade, tendo em vista que o agente responde pelos atos até então praticados, e não o inicialmente desejado que houve desistência, aquela não exclui a tipicidade, pelo contrário o agente continua respondendo pelo crime inicialmente desejado, mas fazendo jus a causa de diminuição de pena de um terça a dois terços.
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