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“A mídia digital é uma mídia da presença. A sua temporalidade é o presente imediato. A comunicação digital se caracteriza pelo fato de que informações são produzidas, enviadas e recebidas sem mediação por meio de intermediários. Mediação e representação são interpretadas como não transparência e ineficiência, como conges�onamento de tempo e de informação. Uma mídia eletrônica de massa clássica como o rádio só permite uma comunicação unilateral. O des�natário da mensagem é condenado à passividade. Hoje não somos mais des�natários e consumidores passivos de informação, mas sim remetentes e produtores a�vos. Não nos contentamos mais em consumir informações passivamente, mas sim queremos produzi-las e comunicá-las a�vamente nós mesmos. Somos simultaneamente consumidores e produtores.” HAN, Byung-Chul. No enxame: Perspec�vas do digital. São Paulo: Editora Vozes, 2018. p.35-36 (Adaptado).
Segundo o texto, a mídia digital dis�ngue-se da mídia de massa tradicional por
a) reforçar a separação entre consumidor e produtor, resultante da ampliação da comunicação unilateral na internet.
b) apostar na passividade do público, que precisa de um mediador para poder comunicar informações a�vamente.
c) gerar excesso de informação, que consolida estrutura capaz de condenar todos os consumidores à passividade.
d) provocar presen�ficação, decorrente da dissolução dos intermediários e da combinação dos papéis de consumidor e produtor.
e) dissolver a dis�nção entre produtor e consumidor, causadora de conges�onamento de tempo e de informação.
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Portuguesando

há 9 meses

Respostas

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há 9 meses

Vamos analisar as alternativas com base no texto apresentado. a) reforçar a separação entre consumidor e produtor, resultante da ampliação da comunicação unilateral na internet. - Esta opção está incorreta, pois o texto afirma que a mídia digital dissolve essa separação. b) apostar na passividade do público, que precisa de um mediador para poder comunicar informações ativamente. - Esta opção também está errada, já que o texto destaca que os usuários não são mais passivos. c) gerar excesso de informação, que consolida estrutura capaz de condenar todos os consumidores à passividade. - Embora o texto mencione a questão da informação, ele não diz que isso leva à passividade. d) provocar presenficação, decorrente da dissolução dos intermediários e da combinação dos papéis de consumidor e produtor. - Esta opção parece correta, pois o texto fala sobre a dissolução dos intermediários e a nova dinâmica entre consumidores e produtores. e) dissolver a distinção entre produtor e consumidor, causadora de congestionamento de tempo e de informação. - Embora essa opção também pareça correta, o texto enfatiza mais a combinação dos papéis do que apenas a dissolução da distinção. Após essa análise, a alternativa que melhor reflete a ideia central do texto é: d) provocar presenficação, decorrente da dissolução dos intermediários e da combinação dos papéis de consumidor e produtor.

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Expostos na web desde a gravidez Mais da metade das mães e um terço dos pais ouvidos em uma pesquisa sobre compar�lhamento paterno em mídias sociais discutem nas redes sociais sobre a educação dos filhos. Muitos são pais e mães de primeira viagem, frutos da geração Y (que nasceu junto com a internet) e usam esses canais para saberem que não estão sozinhos na empreitada de educar uma criança. Há, contudo, um risco no modo como as pessoas estão compar�lhando essas experiências. É a chamada exposição parental exagerada, alertam os pesquisadores. De acordo com os especialistas no assunto, se você compar�lha uma foto ou vídeo do seu filho pequeno fazendo algo ridículo, por achar engraçadinho, quando a criança �ver seus 11, 12 anos, pode se sen�r constrangida. A autoconsciência vem com a idade. A exibição da privacidade dos filhos começa a assumir uma caracterís�ca de linha do tempo e eles não par�ciparam da aprovação ou recusa quanto à veiculação desses conteúdos. Assim, quando a criança cresce, sua privacidade pode já estar violada.
Sobre o compar�lhamento parental excessivo em mídias sociais, o texto destaca como impacto o(a)
a) interferência das novas tecnologias na comunicação entre pais e filhos.
b) desatenção dos pais em relação ao comportamento dos filhos na internet.
c) distanciamento na relação entre pais e filhos é provocado pelo uso das redes sociais.
d) fortalecimento das redes de relações decorrente da troca de experiências entre as famílias.
e) desrespeito à in�midade das crianças cujas imagens têm sido divulgadas nas redes sociais.

Nas várias redes sociais que povoam a internet, os chamados digital influencers estão sempre felizes e pregam a felicidade como um es�lo de vida. Essas pessoas espalham conteúdo para milhares de seguidores, ditando tendências e mostrando um es�lo de vida sonhando por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis, casas deslumbrantes, carros novos e alegria em tempo integral, algo bem improvável de ocorrer o tempo todo, aponta Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora do Ins�tuto Feliciência. A problemá�ca pode surgir com a busca incessante por essa felicidade, que gera efeitos colaterais em quem consome diariamente a “vida perfeita” de outros. Daí vem o conceito de posi�vidade tóxica: a expressão tem sido usada para abordar uma espécie de pressão pela adoção de um discurso posi�vo, aliada a uma vida editada para as redes sociais. Para manter a saúde mental e evitar ser a�ngido pela posi�vidade tóxica, o uso racional das redes sociais é o mais indicado, aconselha a médica psiquiatra Renata Nayara Figueiredo, presidante da Associação Psquiatra de Brasília (APBr).
Associada ao ideário de uma “vida perfeita”, a posi�vidade tóxica mencionada no texto é um fenômeno social recente, que se cons�tui com base em
a) representações estereo�padas e superficiais de felicidade.
b) ressignificações contemporâneas do conceito de alegria.
c) es�los de vida inacessíveis para a sociedade brasileira.
d) a�tudes contraditórias de influenciadores digitais.
e) padrões idealizados e nocivos de beleza �sica.

Ao tuitar ou comentar em baixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “enviar”. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Wri�ng on the Wall – Social Media, The first 2.000 Years (Escrevendo no mural – mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre). Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e polí�co romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. “Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos �nham escravos e escribas que transmi�am suas mensagens”, disse Stand age à BBC Brasil. “Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as úl�mas movimentações polí�cas e expressando opiniões”. Além do papiro, outra plataforma comumente u�lizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmi�am os principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma An�ga”, era levada por um mensageiro até o des�natário, que respondia embaixo da mensagem.
Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação an�gas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, iden�fica-se como caracterís�ca que perdura ao longo dos tempos o(a)
a) imedia�smo das respostas.
b) compar�lhamento de informações.
c) interferência direta de outros no texto original.
d) recorrência de seu uso entre membros da elite.
e) perfil social dos envolvidos na troca comunica�va.

O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que atravessa os séculos sem ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e telúrico. Na contramão do progresso, que informa�zou a indústria gráfica, a Lira Nordes�na, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis. A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora, também manual, para imprimir. A manutenção desse sistema an�go de impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção da xilogravura para a capa do cordel. As xilogravuras são ilustrações populares ob�das por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordes�na até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos índios, como uma a�vidade extra-catequese, par�ndo do princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era u�lizada nos jornais impressos em rotoplanas.
A estratégia gráfica cons�tuída pela união entre as técnicas da impressão manual e da confecção da xilogravura na produção de folhetos de cordel
a) realça a importância da xilogravura sobre o clichê.
b) oportuniza a renovação dessa arte na modernidade.
c) demonstra a u�lidade desses textos para a catequese.
d) revela a necessidade da busca das origens dessa literatura.
e) auxilia na manutenção da essência iden�tária dessa tradição popular.

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