A doutrina formulou duas teorias acerca da relação entre o Direito Internacional e o Direito Interno.
Defende a teoria dualista que o Direito Internacional e o Direito Interno são dois sistemas jurídicos distintos e independentes, regulando o último as relações entre os Estados e, por conseguinte, não originando obrigações para os indivíduos.
Já a teoria monista determina que o Direito é único tanto nas relações do Estado para com a sociedade, quanto nas relações entre Estados. Esta teoria ainda divide-se em duas correntes. A denominada Monismo internacionalista prevê que, existindo dúvida entre a aplicação de normas do Direito Internacional face o Direito Interno a norma internacional prevalecerá sobre a interna. A outra, chamada de Monismo nacionalista defende que nesta mesma situação, a primazia será do direito Interno sobre o Direito Internacional.
A Constituição Federal é silente quanto à teoria adotada pelo Brasil. Contudo, o Supremo Tribunal Federal se posicionou no sentido da aplicação da Teoria Dualista moderada, recebendo o Tratado Internacional status de Lei Ordinária, por disposição constitucional, salvo os casos de Tratados sobre Direitos Humanos, cujo 2º do artigo 5 da CF/88 lhes atribui eficácia de norma supralegal.
O Brasil é considerado um país Dualista Moderado, uma vez que o Direito Interno e Externo são independentes até o momento em que a fonte do Direito Internacional Público é internalizado, tornando-a uma norma com valor infraconstitucional. Há casos excepcionais em que o valor normativo pode vir a ser norma constitucional, como é o caso de tratados de Dieritos Humanos. Para melhor entendimento eu aconselho o livro do Marcelo Varella. Ele é bem rigoroso nessa explicação e dá bons exemplos.
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Direito Internacional Público
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