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Temos de reconhecer que nosso trabalhador sai do processo de produção diferente de quando nele entrou. [...] O contrato pelo qual ele vende sua força de trabalho ao capitalista prova – por assim dizer, põe o preto no branco – que ele dispõe livremente de si mesmo. Fechado o negócio, descobre-se que ele não era “nenhum agente livre”, que o tempo de que livremente dispõe para vender sua força de trabalho é o tempo em que é forçado a vendê-la, que, na verdade, seu parasita não o deixará “enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue para explorar”.
A partir da comparação entre a noção sobre o avanço do modelo de trabalho flexível e as considerações de Marx acerca da posição do trabalhador no mercado capitalista, é correto concluir que, na perspectiva marxista,
a) a liberdade de escolha do local em que se realiza o trabalho impede a alienação em relação ao que é produzido.
b) as formas flexíveis de trabalho podem aumentar a jornada de trabalho ao eliminarem a disjunção entre tempo livre e tempo de trabalho.
c) as novas tecnologias possibilitaram a flexibilização da jornada de trabalho, valorizando os direitos trabalhistas.
d) os novos modelos de trabalho resolvem a contradição entre trabalho e lazer.
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Discussões sobre Sociologia da Educação

há 7 meses

Respostas

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há 7 meses

Vamos analisar as alternativas à luz das considerações de Marx sobre a posição do trabalhador no mercado capitalista e a noção de trabalho flexível. a) A liberdade de escolha do local em que se realiza o trabalho impede a alienação em relação ao que é produzido. - Marx argumenta que a alienação é uma característica intrínseca do trabalho sob o capitalismo, independentemente do local. Portanto, essa afirmação não é correta. b) As formas flexíveis de trabalho podem aumentar a jornada de trabalho ao eliminarem a disjunção entre tempo livre e tempo de trabalho. - Essa alternativa faz sentido, pois a flexibilidade pode levar a uma maior exploração do trabalhador, onde o tempo livre se confunde com o tempo de trabalho, aumentando a carga horária. c) As novas tecnologias possibilitaram a flexibilização da jornada de trabalho, valorizando os direitos trabalhistas. - Marx não vê a flexibilização como algo que valoriza os direitos trabalhistas, mas sim como uma forma de exploração. Portanto, essa alternativa não é correta. d) Os novos modelos de trabalho resolvem a contradição entre trabalho e lazer. - Na perspectiva marxista, essa contradição não é resolvida, mas sim exacerbada, já que o trabalho flexível pode levar a uma maior exploração e menos tempo de lazer real. Diante dessa análise, a alternativa correta é: b) as formas flexíveis de trabalho podem aumentar a jornada de trabalho ao eliminarem a disjunção entre tempo livre e tempo de trabalho.

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Karl Marx afirmou, em carta a um colega, que não lhe cabia o mérito de ter descoberto a existência de classes nas sociedades capitalistas e nem mesmo a luta entre elas: tais feitos seriam, segundo ele, de alguns historiadores e economistas “burgueses” que expuseram, antes dele, o desenvolvimento histórico da anatomia e das lutas das classes sociais. Contudo, há na obra marxiana uma preocupação persistente e preponderante com as condições e consequências dos antagonismos e lutas entre as duas principais classes sociais da sociedade capitalista: a classe burguesa e a classe proletária. Ainda, Marx definiu as características e os posicionamentos dessas classes na estruturação das sociedades regidas pelo modo de produção do capital.
No que diz respeito ao entendimento de Marx acerca das classes sociais nas sociedades capitalistas, é correto dizer que
a) o controle dos meios de produção é característica própria da classe burguesa, o que fundamenta a dominação desta sobre a classe do proletariado.
b) uma das inevitáveis consequências que irão advir do fim da luta de classes é a implantação de uma sociedade capitalista liberal sem o controle estatal.
c) a burguesia, na sociedade capitalista, procura controlar o nível de exploração do proletariado ao evitar a produção da mais-valia no processo produtivo.
d) a classe burguesa se coloca contrária ao domínio da classe do proletariado que procura se impor como a única classe detentora da força de trabalho.

Em um estudo de pesquisa sociológica dos mais importantes na história das Ciências Sociais, Émile Durkheim analisou os índices de suicídio em diferentes segmentos da população na Europa do século XIX. Para ele, a soma total de suicídios em uma dada sociedade e em dado período de tempo é um fato social ou um fenômeno sociológico, e não psicológico. De outra forma, existem causas sociais para esse trágico ato humano, e tais causas estão, assim, na sociedade, e não no indivíduo. Durkheim, nesse estudo, demonstrou que o envolvimento dos indivíduos nos meios sociais a que pertencem ou o nível de integração moral em que estão com a sociedade afeta a variação desse índice. No mundo moderno, Durkheim classificou dois tipos de suicídio mais comuns: o Egoísta e o Anômico. O primeiro se caracteriza pelo isolamento social dos indivíduos, e o segundo, pela crescente ausência de referências morais para as pessoas.
Acerca das causas sociológicas que contribuem para a manutenção da taxa de suicídios, é correto afirmar que
a) os índices de suicídios do tipo egoísta tendem a se elevar quando os indivíduos se sentem menos integrados a seus grupos sociais e quando há menos vínculos sociais.
b) o indivíduo que comete tal ato combate toda dominação moral que o ultrapassa, afastando o peso social sobre si e contribuindo para a baixa da taxa de suicídios anômicos.
c) as crises econômicas que afetam a vida de muitas pessoas nas sociedades atuais não interferem na variação desse índice de suicídios, mas, sim, as crises de valores morais.
d) esse índice de suicídios tende a diminuir bastante em sociedades em que as normas morais e os costumes não correspondem às condutas e aos objetivos de vida das pessoas.

Em relação aos tipos de dominação formulados por Max Weber, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmacoes a seguir.
(__) No tipo de dominação carismática, a autoridade do líder carismático tem por base a devoção afetiva dos dominados e sua obediência por conta das qualidades pessoais atribuídas ao líder.
(__) Weber aponta a burocracia como o tipo mais puro da dominação carismática. O líder carismático institui leis que são seguidas por seus discípulos.
(__) No tipo de dominação tradicional, a autoridade do governante é estabelecida pela tradição. A obediência relaciona-se ao respeito por quem domina e pela fidelidade de súditos ou governados.
(__) Weber aponta o patriarcalismo como o tipo mais puro da dominação carismática. A autoridade do patriarca é estabelecida pelo afeto.
(__) No tipo de dominação racional-legal, a obediência não é dirigida a uma pessoa, mas às regras dispostas em um estatuto. É a regra que estabelece quem domina e quem são os dominados.

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