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“Arquimedes não pedia mais que um ponto, que fosse firme e imóvel, para poder remover a terra inteira de seu lugar: são grandes também as minhas esperanças, se vier a encontrar algo, o mais mínimo, que seja certo e inabalável” (DESCARTES, 2004).
Sobre essa passagem das Meditações de Filosofia Primeira, de Descartes, do ponto de vista da Teoria do Conhecimento, é possível afirmar corretamente:
Crítica a visão segundo a qual o conhecimento verdadeiro é possível.
Sustenta que podemos apesar ter a “esperança” de um dia conhecer, mas jamais certeza de que conhecemos algo.
Apresenta uma concepção de conhecimento baseado na física, que deve descrever o movimento da terra.
Valoriza o conhecimento dos sábios do passado ao relembrar o pensamento de Arquimedes.
Faz alusão à posição “fundacionalista” segundo a qual o conhecimento verdadeiro se funda em crenças básicas.

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A passagem de Descartes reflete a busca por um ponto firme e inabalável que possa servir como base para o conhecimento. A afirmação correta, do ponto de vista da Teoria do Conhecimento, é: Faz alusão à posição “fundacionalista” segundo a qual o conhecimento verdadeiro se funda em crenças básicas. Isso porque Descartes está buscando um fundamento seguro para o conhecimento, algo que não possa ser questionado.

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Leia a seguinte passagem: Com efeito, tudo o que admiti até agora como o que há de mais verdadeiro, eu o recebi dos sentidos ou pelos sentidos. Ora, notei que os sentidos às vezes enganam e é prudente nunca confiar completamente nos que, seja uma vez, nos enganaram (DESCARTES, 2004, p.23).
Sobre a questão do conhecimento segundo Descartes, marque a alternativa correta:
Descartes nega que os sentidos tenham participação na construção do conhecimento.
Descartes afirma que é preciso duvidar daquilo que experimentamos, pois podemos estar sendo enganados por pessoas más, isto é, “gênios malignos”.
Descares pode ser classificado como um autor “sensacionista”, que defende o privilégio da sensação sobre a razão.
Descartes sustenta que apenas a visão pode fornecer conhecimento seguro, ao contrário dos outros sentidos como o tato e o olfato, nos quais não podemos confiar.
Descartes parte da dúvida metódica, como experimento de pensamento, para demonstrar que os sentidos não podem fundamentar um conhecimento seguro.

Leia a seguinte passagem: Suporei, portanto, que há não um Deus ótimo, fonte soberana da verdade, mas algum gênio maligno e, ao mesmo tempo, sumamente poderoso e manhoso, que põe toda a sua indústria em que me engane: pensarei que o céu, o ar, a terra, as coeres, as figuras, os sons e todas as coisas externas nada mais são do que ludíbrios dos sonhos, ciladas que ele estende à minha credulidade. Pensarei que sou eu mesmo desprovido de mãos, de olhos, de carne, de sangue, de sentido algum, mas tenho a falsa opinião de que possuo tudo isso (DESCARTES, 2004, p. 33).
Com base nessa passagem, marque a opção correta.
Descartes sustenta uma posição decadentista segundo a qual o conhecimento é impossível tendo em vista a existência de um mal natural que impede o acesso à verdade.
Descarte aposta claramente em perspectiva ateísta ao supor que não há um Deus ótimo pois apenas desse modo é possível chegar ao conhecimento perfeito.
Descartes sustenta uma concepção moral segundo a qual existem indivíduos que criam “ludíbrios e ciladas” e que ele classifica como “gênios malignos”.
Descartes defende uma concepção teológico-negativa, que parte da existência do mal e da incerteza quanto à existência de Deus.
Descartes emprega um experimento de pensamento no qual imagina a possível existência de um “gênio maligno” que o engana, para daí retirar a conclusão de que não pode se enganar quanto a sua própria existência.

A Teoria do Conhecimento de Descartes pode ser classificada como “Fundacionalista”. Nesse sentido, é correto afirmar que ela defende que
o conhecimento seguro é algo acessível apenas ao intelecto divino, aquele que fundou a realidade enquanto tal.
as crenças verdadeiras não podem ser explicadas, ainda que seja possível diferenciá-las das crenças falsas.
o conhecimento constitui uma rede de crenças que dão mútuo suporte umas às outras, sem que uma delas ocupe posição mais básica ou central.
as crenças verdadeiras devem estar fundamentadas em “ideias inatas” capazes de produzir uma “convicção inabalável” e sustentar o edifício do conhecimento.
o conhecimento tem caráter de “fundação”, isto é, ele é a base para o desenvolvimento da pessoa humana em seu máximo grau.

Segundo a concepção tradicional de conhecimento, para que uma crença possa ser considerada conhecimento ela precisa ser, por um lado, verdadeira e, por outro, justificada. Em grande medida é possível afirmar que Descartes, tendo em vista seu objetivo de fundamentar um conhecimento perfeito, adiciona ainda uma outra condição. Que condição seria essa? Marque a alternativa verdadeira.
Que a crença seja validada para o maior número possível de pessoas.
Que a crença esteja conectada a uma rede de crenças sem que uma específica ocupe um centro.
Que a crença passe pelo crivo da experiência.
Que a crença se atenha aos objetos da experiência possível e aceite as limitações inerentes da mente humana.
Que a crença seja conclusivamente justificada, isto é, fundamentada em última instância.

O critério que Descartes utiliza para diferenciar o conhecimento, enquanto convicção inabalável, da simples convicção é:
a experiência
a amplitude
a universalidade
a indubitabilidade
o consenso

Ao investigar o conhecimento, Descartes lança mão do chamado procedimento da “dúvida metódica”. Qual o objetivo de Descartes com esse procedimento? Marque a opção verdadeira.
Defender um ceticismo radical.
Chegar a uma “convicção inabalável” que sirva como base para o edifício do conhecimento.
Sustentar que apenas objetos físicos podem ser conhecidos.
Eliminar de uma vez por todas as falsas crenças que adquiriu em sua infância.
Demonstrar a impossibilidade do conhecimento sobre a realidade exterior.