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Como os vírus contribuem para o câncer ?

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Estudante PD

 A associação de vírus e câncer tem sido explorada há várias décadas. Embora haja clara associação entre diversos vírus com diferentes processos carcinogênicos, são poucos os vírus que apresentam substanciais evidências causa-efeito. Entre eles destacam-se membros da família Papillomaviridae, especificamente os Papilomavírus humanos chamados de alto risco, associados aos carcinomas de colo uterino, ânus, pênis além dos da região orofaríngea. Sua importância ficou ainda mais notória pela introdução de prevenção primária com vacina altamente eficaz para os tipos 16 e 18, responsáveis por mais de 70% dos casos de câncer de colo uterino. Outros vírus são igualmente importantes em oncologia, como os membros da família Herpes vírus, onde o HHV 8 mostra-se associado a carcinogênese do sarcoma de Kaposi, is vírus das hepatites B e C, fortemente associados ao hepatocarcinomas, Epstein-Barr vírus relacionados às neoplasias linfo-proliferativas, carcinoma gástrico e carcinoma de nasofaringe. Pode ocorrer a integração dos vírus no genoma do hospedeiro e as vias moleculares que são ativadas em conseqüência da ação dos oncogenes(genes que induzem ao cancer) virais e que estão relacionadas à imortalização celular(células cancerosas não morrem nunca, e por isso crescem e tomam conta dos tecidos normais).

fonte:

Butel JS. Viral carcinogenesis: revelation of molecular mechanisms and etiology of human disease. Carcinogenesis. 2000;21(3):405-26.
Dayaram T, Marriott SJ. Effect of transforming viruses on molecular mechanisms associated with cancer. J Cell Physiol. 2008 Aug;216(2):309-14.

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RD Resoluções

De acordo com os resultados de um estudo publicado pelo "Genome Research", dirigido por Manel Esteller, diretor do Programa de Epigenética e Biologia do Câncer do Instituto de Pesquisa Biomédica e do Instituto Catalão de Oncologia (ICO) e pesquisador Icrea, embora nem todas as pessoas infectadas por algum vírus desenvolvam um tumor maligno, quinze por cento dos casos de câncer estão relacionados a alguma infecção, processo que ocorre nos casos em que o patógeno consegue modificar seu próprio material genético para enganar as defesas do organismo.

Segundo os dois especialistas, conhecer a epigenética desses vírus permitirá desenvolver tratamentos que evitem a metilação, isto é, impeçam que o vírus roube de sua célula hospedeira proteínas para enganar o sistema imunológico. Esteller acredita que essas alterações também poderiam estar presentes em vírus responsáveis por outras doenças, como a gripe e a Aids.

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