Os Diferentes Tipos de Cefaleia
Cefaleia crônica diária
A dor de cabeça pode atingir gravidade, manifestando-se diariamente e de forma contínua. Muitos doentes se escravizam à doença, moldando sua rotina para evitar a dor. Tornam-se dependente de analgésicos, limitado suas atividades profissional e de lazer.
Estes casos são mais frequentes do que se imagina e precisam ser abordados e tratados de maneira diferenciada, com associação de tratamentos diversos e realizados por diferentes profissionais. É por meio desse conceito que se desenvolveram os centros de tratamento de dor crônica, que viabilizam o cuidado multidisciplinar para os indivíduos que sofrem de algias rebeldes, como a cefaleia crônica diária.
Cefaleia tipo-tensão
A dor de cabeça tensional ou tipo-tensão é a mais frequente entre a população geral. Ao contrário da enxaqueca, é comumente bilateral, em peso afetando a cabeça toda e sem sintomas acompanhantes.
Não é tão intensa quanto a enxaqueca, porém por sua característica indolente, prejudica a rotina das pessoas da mesma maneira. O tratamento da cefaleia tipo-tensão é feito por medicamentos e da identificação de fatores que potencializam as crises de dor, como as contraturas musculares da região cervical e escapular. Nesses casos, que são muito comuns, usa-se a medicina física de maneira conjunta aos medicamentos.
Enxaqueca
A enxaqueca afeta 20% das mulheres e 8% dos homens, apresentando-se como crises de dor de cabeça, em geral latejante, afetando mais comumente somente um lado da cabeça e associadas a alterações visuais, náuseas, vômitos, intolerância a luz e sons.
Os fatores desencadeantes mais comuns das crises são alimentos, bebida alcoólica, privação de sono, tensão emocional, menstruação e alguns medicamentos vasodilatadores. O tratamento da enxaqueca é feito com medicamentos abortivos das crises, preventivos para pacientes que tenham muitas crises e orientação comportamental quanto aos fatores desencadeantes.
Neuralgias do crânio e face
As neuralgias faciais e do crânio são dores de cabeça causadas por anormalidades na transmissão sensitiva dos nervos cranianos, como o nervo trigêmeo e o nervo glossofaríngeo. A dor nesses casos é lancinante, muito intensa (em choque) e segue a distribuição sensitiva do nervo afetado. O tratamento das neuralgias craniofaciais é medicamentoso e cirúrgico nos casos em que o medicamento não se apresenta como uma solução.
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