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CONHECIMENTO E MÉTODOS DO CUIDAR EM ENFERMAGEM Webconferência II Professor(a): MCs. Márcia Andrade TEORIAS NO PROCESSO DO CUIDADO O PROTAGONISMO • O modo de fazer e para quem é esse fazer da enfermagem compreende as muitas relações que se estendem com os avanços científicos, o desenvolvimento de habilidades e competências, a aquisição de conhecimentos, mas, principalmente, a própria concepção de postura e empatia do profissional de enfermagem, dentro de um contexto. CONCEITO • Enfermagem é considerada como a função de quem é responsável pelo tratamento de pessoas enfermas, providenciando remédios, fazendo curativos, cuidando da higiene do paciente. • “O foco da atenção da enfermagem é o ser humano, com suas necessidades biopsicosocioespirituais, e a função do enfermeiro é o cuidado de enfermagem, cujo objetivo centra-se na promoção da saúde, na prevenção de doenças e na recuperação e reabilitação da saúde”. FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM • Historicamente, essa sistematização teórica foi formulada visando fundamentar os cuidados de enfermagem e possibilitar autonomia e independência quando da atuação junto ao paciente, surgindo, então, as primeiras teorias de enfermagem. • . TEORIAS DA ENFERMAGEM • “Ao longo do tempo, o “saber” e o “ser” da enfermagem eram constituídos a partir dos modelos religiosos do cuidado que perduraram até o final do século XIX. Esses modelos eram baseados em procedimentos caseiros e executados por grupos voluntários de igrejas e mesmo escravos. O objeto do cuidado eram os mais necessitados”. TEORIA AMBIENTAL • Na década de 1910, tal teorização partiu da construção do processo do pensamento científico da enfermagem proposto por Florence Nightingale, com a Teoria Ambiental, que, em sua “trajetória, realizou a identificação do conhecimento e conteúdos necessários para a tomada de decisão da área. Delimitou padrões morais para o perfil de profissional e os relacionou com a doença e o ambiente na manutenção da saúde. TEORIA DO AUTOCUIDADO • Em 1914, Dorothea Orem definiu a teoria do autocuidado, fundamentada nas necessidades (biológicas, psicológicas sociais ou de desenvolvimento) do autocuidado enquanto atividade aprendida e orientada por metas estabelecidas pelo próprio indivíduo para a manutenção da vida, da saúde e do seu bem- estar. Nesta teoria, a enfermagem auxilia o indivíduo a maximizar, progressivamente, suas metas de autocuidado. TEORIA DA ADAPTAÇÃO • Em 1939, por Sister Calista Roy, a chamada teoria da adaptação, levava em conta o auxílio ao paciente (ser social, mental, espiritual e físico, afetado por estímulos do ambiente interno e externo) em adaptar-se às mudanças enquanto em estado de enfermidade. TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS TEORIA HOLÍSTICA • Myra Levine, em 1967, define os pressupostos da Teoria Holística, que concebe o paciente enquanto ser dinâmico que interage num ambiente também dinâmico. Conforme Levine, o ambiente estimula fisiologicamente os níveis de resposta do organismo e, neste, a enfermagem conservaria as energias do paciente avaliando as respostas que este dá diante desse estímulo . TEORIA DO MODELO CONCEITUAL DO HOMEM • Em 1970, Martha Rogers postula a Teoria do modelo conceitual do homem. Parte do foco de que o homem, enquanto ser unificado, íntegro, continuamente interage com o meio, e, o enfermeiro entende essa interação e dela extrai o máximo de bem-estar para o paciente. Para Rogers, a enfermagem seria para todos: ricos ou pobres, saudáveis ou doentes, independentemente do local: em casa, na escola, no trabalho, hospital ou asilo. Visava conceituar cientificamente a enfermagem como ciência e como prática, para que, assim, a enfermagem se efetivasse de forma crítica, fundamentada e segura. TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS • Na década de 1960 no Brasil, através dos pressupostos definidos e propagados pela enfermeira Wanda de Aguiar Horta nasce a Teoria das necessidades humanas básicas - NHB. A preocupação estava voltada para a prática não reflexiva e dicotomizada da enfermagem, bem como, numa tentativa de unificar o conhecimento científico da enfermagem para proporcionar-lhe autonomia e independência. Teoria esta embasada na teoria de motivação humana, de Abraham Maslow. 1970 • A década de 1970, fora tão marcante para a área de Enfermagem que, nos Estados Unidos, o processo de enfermagem consistia nas seguintes fases: assessment (avaliação), diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Aquele crescimento incorreu na padronização de linguagem dos diagnósticos de enfermagem sendo introduzida pela NANDA - North American Nursing Diagnosis Association. METAPARADIGMAS METODOLOGIA DO CUIDADO EM ENFERMAGEM • Após visto as teorias de enfermagem, evidencia-se que, o processo de cuidado se estabelece por meio de formas, meios ou modos de fazer esse cuidado para com o outro. • “A enfermagem, como profissão da área da saúde, tem historicamente, seu conhecimento disciplinado no cuidado humano. É, pois, incoerente e inaceitável que esse cuidado seja desempenhado por meio de ações consideradas ‘robotizadas’”. ATITUDE DE CUIDADO • “Fenômeno que dá possiblidade à existência humana como humana. Nesse sentido, o homem é um ser de cuidado que é um modo de ser, particular, do homem. Sem cuidado, deixamos de ser humanos”. É parte integrante do processo de sobrevivência e manutenção da vida, é parte dos valores da humanidade. SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO • No entender de Santos et al. (2005), a ação do cuidar em enfermagem consiste em empenhar esforços transpessoais de um ser humano para o outro, nos quais tarefas como proteger, promover e preservar a humanidade, ajudar pessoas a encontrar significados na doença, no sofrimento e na dor, bem como, na existência sejam parte da rotina do profissional em saúde, o enfermeiro. Além de ajudar outra pessoa a obter autoconhecimento, controle e auto cura. SAE • SAE (sistematização da assistência de enfermagem) configura-se em uma metodologia desenvolvida “a partir da prática do enfermeiro para sustentar a gestão e o cuidado no processo de enfermagem. O método é organizado em cinco etapas, que ajudam a fortalecer o julgamento e a tomada de decisão clínica assistencial do profissional de enfermagem”. Nesse sentido, o profissional enfermeiro consegue agir de acordo com as fases como: • a priorização; • a delegação; • a gestão do tempo; e • a contextualização do ambiente cultural do cuidado prestado. CUIDADO COMO PROCESSO • O processo do cuidado, conforme assinala Rodrigues (2019, p. 1), nestes termos, passa a ser organizado em cinco etapas relacionadas, interdependentes e recorrentes. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM • E primeiro passo para o atendimento de um paciente se faz a busca por informações básicas que definem os cuidados a serem efetivados pela equipe de enfermagem. Vale lembrar que, esta etapa não é aleatória nem sem fundamentos, pois, faz parte de um processo deliberado, sistemático e contínuo, na qual a coleta de dados e as informações podem ser alcançadas do próprio paciente, da família ou então, por outras pessoas envolvidas. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Para Rodrigues (2019), esta etapa efetiva um processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados que conduz à tomada de decisão sobre os diagnósticos de enfermagem, que irão representar as ações e intervenções, para alcançar os resultados esperados. • Nesse sentido, faz-se, então, uso de bibliografias específicas que possuam a taxonomia adequada, bem como as definições e as causas prováveis dos problemas levantados quando da etapa 1 no levantamento do histórico de enfermagem. Dessa forma, se faz a elaboração de um plano assistencial adequado e único para cada pessoa. Portanto, tudo que for definido deve ser registrado no prontuário do paciente, revisitado e atualizado sempre que necessário PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM • Destaca que, com a adoção da SAE, há uma organização do trabalho profissionalquanto ao método, pessoal e instrumentos, dando aos enfermeiros a possibilidade de atuar para prevenir, controlar ou resolver os problemas de saúde. • Nesta terceira etapa, define Rodrigues (2019) que, ocorre o planejamento de enfermagem, no qual são determinados os resultados esperados e quais ações serão necessárias, sendo realizado a partir dos dados coletados e diagnósticos de enfermagem com base dos momentos de saúde do paciente e suas intervenções. IMPLEMENTAÇÃO • Uma vez efetivada a busca e coleta das informações obtidas e focadas na abordagem da SAE, a equipe de profissionais de enfermagem realiza as ações ou intervenções determinadas e definidas na etapa do planejamento de enfermagem. Estas são aquelas atividades que podem ir desde uma administração de medicação até auxiliar ou realizar cuidados específicos, como os de higiene pessoal do paciente, ou mensurar sinais vitais específicos e acrescentá- los no prontuário, por exemplo. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM (EVOLUÇÃO) • Como última etapa o registrar dos dados no prontuário eletrônico do paciente de forma deliberada, sistemática e contínua. • Nele, deverá ser registrado a evolução do paciente para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. RACIOCÍNIO EM ENFERMAGEM • Em decorrência de a enfermagem “estar inserida em cenários caracterizados por assistência biomédica, hospitalocêntrica, fragmentada e tecnicista, podem ocorrer influência nos perfis de atuação dos enfermeiros com divergências de modelos conceituais da profissão que estruturam o raciocínio clínico do enfermeiro”. HABILIDADES DO PROFISSIONAL • O raciocínio em enfermagem é uma habilidade a ser desenvolvida pelo profissional enfermeiro, isto porque é essencial para um processo de cuidado seguro e eficaz. É também um desafio, uma vez que, o enfermeiro precisa buscar e desenvolver, por meio de estratégias e experiências, o aprimoramento de tal habilidade. Todo o processo começando pelos processos de pensamento que são: conceber, julgar, raciocinar. Estes auxiliam o alcance dos dados junto ao paciente quando do quadro doença- saúde. RENOVAÇÃO NA BUSCA POR MUDANÇAS • Para desenvolver senso crítico e aprimorar seu julgamento clínico, faz-se necessário que o profissional enfermeiro esteja empenhado “com a sua prática, buscando renovar constantemente seus conhecimentos. • Deve também buscar sempre aproximação com o principal sentido da sua profissão, o cuidado, que se traduz por proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando pessoas a encontrar significados na doença, no sofrimento, na dor e na própria existência”. HÁBITOS DA MENTE • Compreensão, confiança, criatividade, curiosidade, flexibilidade, integridade intelectual, intuição, perseverança, perspectiva intelectual e reflexão.
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