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como se processou as ações administrativa e o cargo politico, no Brasil Colonial?

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Rodrigo Ramos

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Terra à Vista

A coroa portuguesa decidiu fazer uma administração das suas possessões americanas através do famoso sistema de Capitanias Hereditárias. O território foi distribuído em 14 grandes extensões de terra e entregues a portugueses interessados em ocupar, explorar e proteger a terra em nome do rei de Portugal. Percebe-se por tanto que a colonização foi feita por terceiros. Particulares decidiram se aventurar no novo mundo para buscar terras que talvez não possuiríam nunca no continente Europeu. Esses homens foram chamados de Capitães Donatários. Deviam obediência ao rei de Portugal, uma vez que são todos súditos do mesmo. As terras eram entregues através do documento conhecido como carta de doação. Nela, estava escrito que a terra era hereditária e que cabia ao donatário a exploração das riquezas e a proteção do espaço em nome do rei português. 

Os donatários também podia repartir suas terras com outros colonos. Era um terrenos gigantescos, com hectares e hectares de extensão. Seria impossível controlar e explorar tudo sozinho. Por isso, os donatários podiam entregar pedaços de suas terras a outros colonos, chamados de sesmeiros Logo, a sesmaria era um pedaço de uma capitania hereditária que foi entregue a um colono, que também deveria ocupar e proteger o território. 

O sistema de capitanias hereditária falhou. Basicamente pelo inssucesso da plantação de cana-de-açúcar em algumas regiões. Nos livros didáticos é muito comum lermos que apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco prosperaram. Hoje, com estudos recentes, já se sabe que essa visão reduzida é um equívoco. As capitanias que prosperaram foram aquelas capazes de aliar a produção do açúcar, o real interesse de explorar o terra por parte dos donatários e uma relação amistosa com os indígenas da região. Muitos abandonaram os cargos e as fazendas por conta de índios hostís.

Um problema grande enfrentado pela coroa portuguesa era fazer com que os colonos (portugueses que migraram e se estabeleceram na América) obedecessem as ordens que vinham de Portugal. Como a coroa estava a um oceano de distância, os colonos frequentemente não respeitavam as determinações que vinham da Metrópole, o que ocasionava conflitos permanentes entre colonos e coroa portuguesa.

Um bom exemplo desse problema foi quando a Coroa portugesa, pressionada pela Igreja, proibiu a escravização de índios que não fosse capturados em Guerra Justa - guerra autorizada pela coroa. Para os colonos era péssimo, pois só poderiam obter mão de obra para o trabalho nos engenhos de açúcar se viesse um ofício de Lisboa que autorizasse o ataque a determinado grupo indígena.

Esse era um problema muito comum da administração portuguesa. Um verdadeiro paradigma colonial. Ou se explorava a mão de obra indígena para extrair os recursos desejados tanto pela coroa quanto pelos senhores de Engenho, ou se satisfazia a vontade da Igreja e dos padres jesuítas, que condenavam a escravidão de seres "puros" e "ingênuos" (índios), que deveriam receber a palavra de Deus para a salvação eterna. Claro que também não era fácil para o rei católico saber que agia contra sua fé ao escravizar os índios. Logo, eis o problema: explorar ou não o índio? Os senhores do engenho pressionavam os capitães para que sim. Os jesuítas não. Como resolver um conflito que acontece na América lá de Lisboa? Era algo muito complexo. Dái a famosa expressão do historiador Luís Felipe de Alencastro: "era preciso colonizar colonos". Em outras palavras, a coroa portuguesa precisava coloca ordem na casa.

Por isso, criaram o Governo Geral em 1548. Uma espécie de sede de comando que faria uma centralização política na administração da América portuguesa. O rei João II nomeou Tomé de Sousa o primeiro governador-geral. A sede seria na capitania da Baía de Todos os Santos, por se localizar exatamente no meio do território. O Governador-geral fiscalizaria a atuação de todos os senhores de engenhos e donatários. Uma espécie de olhos do rei na América. 

Em âmbito mais local, também foram criadas as câmaras municipais. Uma espécie de pequena prefeitura, que resolvia as questões mais imediatistas do cotidiano. Ficava, portanto, responsável por cuidar dois assuntos locais. Só poderiam fazer parte das câmaras municipais os chamados homens bons: brancos, católicos e donos de terra.

Espero que ajudado!

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Att. Equipe Terra à Vista!

 

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