Então Hanna,
O HC foi impretrado pelos advogados de Siegfried Ellwanger, e o caso foi a polêmica gerada pelos livros que ele escreveu que segundo afirmam (não li ainda) comtêm teor racista.
Mais detalhes: http://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
Sabe-se que a Constituições Federal, além de outras coisas, procura estabelecer os direitos fundamentais de todos os indivíduos além de promover meios para que estes direitos sejam assegurados. Entretanto, por mais que a Constituição tente ser direta e objetiva, há cada vez mais conflitos entre os direitos fundamentais e as interpretações feitas dentro que é proposto nela, visto que se entende que alguns direitos podem ser conflitantes.
No caso do Habeas Corpus n°82.424/RS vê-se justamente isto, porque o direito fundamental não é tido como fundamental e uma regra pode excluir outra, tem-se ali um desacordo entre a liberdade de expressão e um direito fundamental, no caso, a dignidade da pessoa humana. O caso tratava da liberdade de expressão em relação à publicação de livros com conteúdo antissemita e a dignidade da pessoa que estava sendo atacada pelo racismo. Esta questão foi analisada de modo abstrato, entendendo que era preciso entender na teoria como poderia ser julgado e tratado estes casos, para depois aplicá-la em casos práticos.
Assim, o que foi julgado no Habeas Corpus n°82.424/RS é que nenhum dos princípios tem superioridade diante ao outro. Assim, se tratando do princípio de liberdade de expressão e o da dignidade da pessoa humana, ou seja, no caso de um embate em que estes princípios apareçam de forma oposta, seria necessário analisar qual dos lados teria sido prejudicado, sacrificado ou restrito, por meio do que se chama “Lei da Ponderação”, que tem em vista um julgamento de valor. Nestes casos, portanto, o que foi regrado é que vence a melhor argumentação, já que não foi estabelecido nenhum tipo de hierarquia entre estes princípios.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar