Para entender o socialismo utópico, é importante notar que ele se caracteriza por propostas que buscam a criação de comunidades ou sociedades ideais, onde a propriedade e os meios de produção são compartilhados de forma cooperativa, sem necessariamente recorrer à revolução ou à tomada de poder violenta. Vamos analisar as alternativas: A) Como uma proposta de socialização dos meios de produção em comunidades específicas, internas às sociedades capitalistas, de forma que os trabalhadores das comunas sejam os "donos" dos meios de produção, da produção e de seus possíveis lucros. - Esta descrição se alinha bem com o conceito de socialismo utópico, que busca a socialização em comunidades. B) Como uma proposta de tomada de poder do povo para o povo, em que não haja propriedade privada ou Estado, e o povo se organiza para se autogerir, produzir e consumir. - Essa descrição se aproxima mais de uma visão anarquista do socialismo, não especificamente do socialismo utópico. C) Como uma proposta de tomada à força dos meios de produção e aniquilamento da burguesia, para que o Estado se ocupe dos meios de produção e ofereça os produtos do trabalho aos verdadeiros donos da produção, os trabalhadores. - Essa descrição é mais associada ao socialismo científico ou marxista, que defende a luta de classes. D) Como uma proposta de organização social pela meritocracia, em que cada indivíduo pode ser dono dos meios de produção quando seu trabalho o faz se destacar de outros, acumulando riqueza. - Essa descrição não se alinha com os princípios do socialismo utópico, que critica a acumulação de riqueza individual. E) Como uma proposta de intervenção estatal para controle de bens e de produções estratégicas, retornando seus lucros em programas e práticas para o bem-estar social. - Essa descrição se aproxima mais de uma abordagem social-democrata ou de um estado de bem-estar social, não do socialismo utópico. Diante dessa análise, a alternativa que melhor descreve o sistema proposto pelo socialismo utópico é: A Como uma proposta de socialização dos meios de produção em comunidades específicas, internas às sociedades capitalistas, de forma que os trabalhadores das comunas sejam os "donos" dos meios de produção, da produção e de seus possíveis lucros.