Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o conceito de alteridade e suas implicações na prática psicológica em contextos multiculturais: A) A alteridade implica que o psicólogo deve buscar, acima de tudo, conhecer profundamente as características culturais de seu cliente, de forma a aplicar intervenções uniformes e universais que se adaptem a qualquer contexto cultural. - Esta opção não reflete a essência da alteridade, pois sugere uma abordagem uniforme, o que vai contra a ideia de reconhecer e respeitar as diferenças culturais. B) A alteridade demanda que o psicólogo adote uma postura neutra e objetiva, considerando que o conhecimento psicológico é universal e que as diferenças culturais são secundárias ao processo terapêutico. - Essa alternativa também não é adequada, pois a alteridade valoriza as diferenças culturais, e não as considera secundárias. C) A alteridade exige que o psicólogo compreenda e aceite as diferenças culturais como parte integrante da identidade do cliente, criando um espaço de diálogo e troca onde as múltiplas perspectivas possam ser reconhecidas e respeitadas. - Esta opção está alinhada com o conceito de alteridade, pois enfatiza a importância de reconhecer e respeitar as diferenças culturais e promover um diálogo. D) A alteridade sugere que a psicologia deve priorizar a integração das culturas marginalizadas, sem considerar as dinâmicas de poder que podem influenciar a experiência de pertencimento e identidade cultural. - Embora mencione a integração, não aborda adequadamente a necessidade de reconhecer as dinâmicas de poder e as diferenças culturais. Portanto, a alternativa que melhor descreve as implicações do conceito de alteridade para a prática psicológica em um contexto multicultural é: C) A alteridade exige que o psicólogo compreenda e aceite as diferenças culturais como parte integrante da identidade do cliente, criando um espaço de diálogo e troca onde as múltiplas perspectivas possam ser reconhecidas e respeitadas.