A Guerra Fria teve um impacto significativo nas discussões sobre racismo e ciência na década de 1970. Durante esse período, as tensões entre os blocos capitalista e socialista influenciaram a forma como questões sociais, como o racismo, eram abordadas. 1. Ideologia e Propaganda: Tanto os EUA quanto a União Soviética usaram a questão do racismo como uma ferramenta de propaganda. Os EUA tentaram mostrar ao mundo que eram um modelo de democracia e igualdade, enquanto a União Soviética criticava o racismo americano para promover sua própria imagem como defensora dos direitos humanos. 2. Movimentos de Direitos Civis: Nos EUA, o movimento pelos direitos civis ganhou força, e a luta contra o racismo foi vista como parte da batalha ideológica contra o comunismo. Isso levou a uma maior visibilidade das questões raciais e à necessidade de abordá-las em um contexto global. 3. Ciência e Racismo: A década de 1970 também viu um aumento nas críticas à ciência que tentava justificar o racismo, como a eugenia. A comunidade científica começou a reavaliar suas práticas e a reconhecer que a ciência não deveria ser usada para legitimar discriminações raciais. 4. Colaboração Internacional: A Guerra Fria incentivou a colaboração entre países do Terceiro Mundo, que lutavam contra o colonialismo e o racismo. Isso levou a um aumento das discussões sobre igualdade racial em fóruns internacionais, como as Nações Unidas. Esses fatores mostram como a Guerra Fria não apenas moldou a política internacional, mas também influenciou as discussões sociais e científicas sobre racismo na década de 1970.