Leia, a seguir, o poema “O Tygre” de William Blake (1757-1827). O Tygre Tygre Tygre, fogo ativo, Nas florestas da noite vivo; Que olho imortal tramaria Tua temível simetria? Que profundezas, que céus Acendem os olhos teus? Aspirar quais asas ousa? Qual mão em tua chama pousa? Por que braço & que arte é feito Cada nervo do teu peito? E teu peito ao palpitar, Que horríveis mãos? & pés sem par? Que martelo? Que elo? Tua mente Vem de qual fornalha ardente? Qual bigorna? Que mão forte Prende o teu terror de morte? Quando em lanças as estrelas Choraram no céu, ao vê-las: Ele sorriu da obra que fez? Quem fez o cordeiro te fez? Tygre Tygre fogo ativo, Nas florestas da noite vivo; Que olho imortal tramaria Tua temível simetria? (Blake, 2005, p. 101) (Tradução Mário Alves Coutinho e Leonardo Gonçalves) BLAKE, William. Canções da Inocência e da Experiência. Belo Horizonte: Crisálida, 2005. Com base na leitura do poema “O Tygre”, analise as proposições de I a V, a seguir. I) Na estrofe 1, indaga-se o porquê da criação de um ser contraditório; belo e terrível, ao mesmo tempo. II) Na estrofe 2, evidencia-se o fascínio pelas características físicas do animal, como o olhar, a força, a pelagem. III) Na estrofe 3, remete-se à imagem do animal paralisado como se fosse uma escultura. IV) Na estrofe 4, compara-se a criação do animal ao ofício de um artesão em sua oficina. V) Na estrofe 5, alcança-se a compreensão ante a criação de duas criaturas tão díspares quanto o tigre e o cordeiro. Com base na leitura do poema, estão corretas as proposições: III, IV e V, apenas. I, II e V, apenas. II e V, apenas. I e III, apenas. I, II e IV, apenas.