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Por que existem crimes, contravenções penais, atos infracionais e o 'mau visto', e como se entende a diferença?

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Aprendendo Através de Exercícios

há 2 semanas

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há 2 semanas

Os crimes, contravenções penais, atos infracionais e o "mau visto" são categorias que ajudam a entender a gravidade e a natureza das condutas ilícitas. 1. Crimes: São condutas tipificadas na legislação penal como ações ou omissões que causam dano à sociedade e que têm penas mais severas. Exemplo: homicídio. 2. Contravenções penais: São infrações menos graves que os crimes, também previstas na lei, mas com penas mais brandas. Exemplo: perturbação da ordem. 3. Atos infracionais: Referem-se a condutas praticadas por menores de idade que, se fossem cometidas por adultos, seriam consideradas crimes. O sistema de justiça juvenil trata esses atos de forma diferente, visando a reabilitação. 4. Mau visto: Não é uma categoria jurídica formal, mas refere-se a comportamentos que, embora não sejam tipificados como crimes ou contravenções, são socialmente desaprovados e podem levar a sanções sociais. A diferença entre eles está na gravidade da conduta e nas consequências legais que cada uma implica.

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O princípio da adequação social é amplamente aceito na doutrina jurídica brasileira, embora com algumas divergências quanto à sua aplicação e alcance. Este princípio, desenvolvido inicialmente por Hans Welzel, postula que condutas socialmente adequadas, mesmo que formalmente típicas, não deveriam ser consideradas criminosas.

No Direito Penal brasileiro, o princípio da adequação social funciona como um instrumento de interpretação que permite excluir do âmbito de incidência do tipo penal aquelas condutas que, apesar de formalmente típicas, são socialmente aceitas e toleradas pela sociedade.

Fundamentação legal: Embora não esteja expressamente previsto na legislação penal brasileira, o princípio da adequação social encontra respaldo no princípio da intervenção mínima do Direito Penal, consagrado implicitamente na Constituição Federal de 1988, especialmente no artigo 5º, que trata dos direitos e garantias fundamentais.

Aplicação prática: Os tribunais brasileiros têm reconhecido este princípio em diversos casos, principalmente em situações onde há uma evidente aceitação social da conduta, apesar de sua tipificação formal. Contudo, sua aplicação não é automática e depende de análise casuística.

Limitações: O princípio não possui força para revogar tipos penais e sua aplicação deve ser cautelosa, não podendo ser invocado para justificar condutas que, embora praticadas por muitos, causam lesões significativas a bens jurídicos tutelados.

O princípio da adequação social é amplamente aceito na doutrina jurídica?

O princípio da adequação social, embora tenha origem na doutrina penal alemã com Hans Welzel, recebe tratamentos distintos em diferentes sistemas jurídicos.

No sistema jurídico alemão, berço deste princípio, ele é aplicado como critério interpretativo para excluir do âmbito de proteção do tipo penal condutas formalmente típicas, mas socialmente adequadas e aceitas.

No direito anglo-saxônico, especialmente nos Estados Unidos e Inglaterra, não existe uma formulação idêntica, mas há institutos similares como o "de minimis non curat lex" (a lei não se preocupa com questões mínimas) e o conceito de "social harm" (dano social), que funcionam como filtros de tipicidade material.

No sistema italiano, o princípio é reconhecido como "adeguatezza sociale", sendo aplicado principalmente como critério hermenêutico para interpretação restritiva de tipos penais.

Na Espanha, o conceito é trabalhado como "adecuación social", tendo recebido desenvolvimento doutrinário significativo e aplicação jurisprudencial em casos de condutas formalmente típicas mas socialmente toleradas.

No Brasil, o princípio não possui previsão legal expressa, mas é reconhecido pela doutrina e aplicado ocasionalmente pelos tribunais como causa supralegal de exclusão da tipicidade material, com fundamento nos princípios constitucionais da intervenção mínima e da fragmentariedade do Direito Penal.

Como o princípio da adequação social é tratado em outros sistemas jurídicos?

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