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ontem
No caso apresentado, "A" aponta uma arma de fogo contra "B", que, em estado de pânico, corre para uma via pública e acaba sendo atropelado por um caminhão. A questão central é se a morte de "B" pode ser imputada a "A" ou se ele responderá apenas por tentativa de homicídio. A doutrina e a jurisprudência indicam que, para a imputação do resultado morte ao agente, é necessário que a ação do agente tenha sido a causa direta e imediata do resultado. No entanto, no caso em questão, a morte de "B" ocorreu em decorrência de um evento externo (o atropelamento), que não foi causado diretamente por "A". Portanto, "A" poderá ser responsabilizado pela tentativa de homicídio, mas não pela morte de "B", uma vez que esta foi provocada por um terceiro (o caminhão) e não pela ação direta de "A". Essa análise está em consonância com o princípio da causalidade, que exige que o resultado seja uma consequência direta da conduta do agente. Em resumo, "A" responderá apenas pela tentativa de homicídio, pois a morte de "B" não é imputável a ele, mas sim ao evento que ocorreu posteriormente.