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Leia o trecho abaixo. “Desse modo, desenvolveu-se o centro religioso, no centro do qual o templo e o palácio, os santuários e o alafin ou a oba, começaram a desempenhar uma função de redistribuição. Sabe-se menos acerca das atividades comerciais do oni de Ife, comparativamente ao conhecido no tocante à oba do Benin, situação passível de explicação pelo fim da hegemonia comercial de Ife, nos séculos XV e XVI, pelos danos devidos às guerras iorubas do século XIX, bem como pela ausência de continuidade das tradições. O poder das oba do Benin exercia- se sobre a totalidade do comércio praticado pelos autônomos além dos limites da cidade: eles eram os únicos a possuir os mais preciosos artigos, escravos, peles de leopardo, pimenta, palmito, corais e a maior parte do marfim. Todavia, um dos ifa oriki, ou cantos divinatórios iorubas, oferece-nos uma indicação: trata-se de Oduduwa”. (SHAW, Thurstan. A zona guineana: situação geral. EL FASI, Mohammed. História geral da África III: África do século VII ao XI. Brasília: UNESCO, 2010, p. 564-565).
Leia os itens abaixo e identifique os corretos:
I. “Ifé” foi umas das cidades e culturas iorubás mais importantes. Tornou-se uma cidade sagrada para grande parte dos iorubás, pois seria dela que teria se originado o mundo.
II. “Obá” era o título de chefe principal entre os iorubás. Eles que lideravam as cidades-estados iorubás.
III. “Oduduwa” ou “Oduduá” é um personagem lendário, que teria sido o primeiro dos líderes de Ifé.
1. I e II.
2. Correta: I, II e III.
3. I.
4. II e III.
5. III.
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Desafios Para o Conhecimento

há 3 dias

Respostas

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há 3 dias

Vamos analisar cada um dos itens: I. “Ifé” foi uma das cidades e culturas iorubás mais importantes. Tornou-se uma cidade sagrada para grande parte dos iorubás, pois seria dela que teria se originado o mundo. Verdadeiro, Ifé é considerada uma cidade sagrada e de grande importância na cultura iorubá. II. “Obá” era o título de chefe principal entre os iorubás. Eles que lideravam as cidades-estados iorubás. Verdadeiro, o título de obá é realmente associado aos líderes das cidades-estados iorubás. III. “Oduduwa” ou “Oduduá” é um personagem lendário, que teria sido o primeiro dos líderes de Ifé. Verdadeiro, Oduduwa é uma figura central na mitologia iorubá e é considerado o fundador de Ifé. Todos os itens I, II e III estão corretos. Portanto, a alternativa correta que contém todos os itens verdadeiros é: 2. Correta: I, II e III.

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Leia o trecho abaixo: “Existe hoje certo consenso nos debates acadêmicos sobre a necessidade de uma discussão das concepções eurocêntricas dominantes na ciência social moderna e contemporânea. Todavia, apesar de sua amplitude, tal debate tornou-se fato recentemente. Basta lembrar que as contribuições pioneiras sobre o assunto datam da década de 1950 e 60, como aquelas dos sociólogos Guerreiro Ramos (Redução sociológica, 1958) e Abdel-Malek (A dialética social, 1972). Foi apenas com o celebre livro de Edward Said, Orientalismo (1978), que o tema tornou-se assunto candente no debate acadêmico internacional. Existem diversas formas de caracterizar o chamado eurocentrismo. Por vezes, ele é visto como mero fenômeno etnocêntrico, comum aos povos em outras épocas históricas. Mas para a maioria dos autores que tratam atualmente da questão, o eurocentrismo deveria ser caracterizado, diferentemente, como um etnocentrismo singular, entendido como uma ideologia, paradigma e/ou discurso.” (BARBOSA, Muryatan S. Eurocentrismo, História e História da África. Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana Nº 1 jun./2008, p. 45)
Sobre o eurocentrismo, é correto afirmar:
1. Os europeus reconheceram a História da África escrita e contada pelos próprios africanos, pois viram nela muitos elementos que viam em sua própria História. Por isso, podemos afirmar que o eurocentrismo possuía influências africanas.
2. O eurocentrismo era a crença na superioridade europeia, a qual se refletiria em seu estágio mais avançado. Porém, ela pouco teve reflexos na África, pois os europeus não tiveram interesse no continente.
3. De fato, houve uma visão eurocêntrica sobre a História da África. Todavia, o principal motivo para isso é que não havia relatos de africanos sobre a África. Frente a essa ausência, os europeus escreveram a História da África.
4. Que difundiu ideais elevados e civilizadores para todas as partes do mundo, principalmente por mostrar, aos povos atrasados, que havia uma História do mundo que ocorria, convidando os outros povos a participar dessa História.
5. Correta: No caso da História, refletiu em uma produção historiográfica, entre os séculos XIX e XX, feita unicamente por historiadores europeus e que, por isso, só autorizava a visão europeia sobre o mundo, inclusive sobre a África.

Leia o trecho a seguir, escrito por Ibn Khaldun, historiador e grande estudioso muçulmano nascido no norte da África, no século XIV. Desconfiemos daqueles que nos redigem narrativas bem ordenadas dos tempos remotos [...]. Estes pecam pelo gosto detestável de querer, por força, tornar claro o que é confuso [...]. A história dos homens e dos países antigos parece uma roupa cheia de furos e cada orifício representa as coisas que ignoramos. De que serve, afinal, ostentar um saber que dá a impressão de que o narrador conhece tudo, ao passo que o leitor pouco sabe?” (IBN KHALDUN apud FAGE, J. D. Metodologia e Pré-História da África. In: ZERBO-KI, Joseph (Ed.) História Geral da África, I: Metodologia e pré-história da África. 2ª. ed. Brasília, UNESCO, 2010 p. 3)
Sobre o trecho e a História da África, é correto afirmar:
1. A história da África só se tornou possível com a chegada dos europeus, e isso se reflete no trecho lido e na história do próprio Ibn Khaldun.
2. Essa reflexão de Ibn Khaldun demonstra os contatos estabelecidos de respeito mútuo e trocas intelectuais entre historiadores europeus e africanos desde a Idade Média.
3. Ibn Khaldun reflete que nunca houve desprezo pela história da África, já que até hoje sua obra é referência para vários historiadores.
4. A história da África é irrelevante antes da chegada dos Europeus, pois se assentava também em reflexões fracas, como a exposta no trecho citado.
5. Correta: A história da África foi muito desprezada e o continente considerado sem história antes da chegada dos europeus. Porém, a obra e a reflexão de Ibn Khaldun desmentem isso.

O sistema político e administrativo do reino do Ndongo nesse período era diferente do modelo vigente no reino do Congo, como esclarece Birmingham: Contrariamente ao Congo, onde, por exemplo, um mani Mbata era governador da província de Mbata, um mani Mbamba governador da província de Mbamba e assim por diante, no Ndongo não havia governadores de províncias. [...] Cada uma dessas regiões dividia-se em numerosos chefados (sobados), na sua maioria autônomos. (BIRMINGHAM, David. Alianças e conflitos. Os primórdios da ocupação estrangeira em Angola (1483-1750). Luanda: Arquivo Histórico de Angola, 2004.) Essa diferença organizacional entre Congo e Ndongo foi determinante para a definição da meta dos portugueses na região. Seria mais vantajoso concentrar os esforços para a contestação da soberania do Ngola do Ndongo junto aos seus sobas, do que do Mani Congo junto aos manis provinciais. (CARVALHO, Flavia M. de. O Reino de Ndongo no contexto da Restauração: Mbundus, portugueses e holandeses na África Centro Ocidental. Sankofa: Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana Ano IV, Nº 7, Julho/2011, p. 9)
A partir do trecho acima e dos conhecimentos sobre os reinos de Ndongo e do Congo, é correto afirmar:
I. Conforme exposto no trecho, grande parte dos escravos trazidos para a América pelos portugueses eram do Reino do Congo.
II. Portugal se aliou ao Reino do Congo para conseguir escravos do Reino de Ndongo, porém, com isso, fortaleceu o Congo, que, depois, expulsou os portugueses.
III. A estrutura de poder do Reino de Ndongo facilitou a obtenção de escravos por parte de Portugal, já que não existia um poder centralizado e forte.
1. Correta: III.
2. I, II e III.
3. I e II.
4. I e III.
5. II e III.

A partir do trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a presença vândala e bizantina no norte da África, é correto afirmar: “Dada a estreita relação identificada entre a integração da África à economia imperial e o desenvolvimento das cidades, devemos agora nos perguntar qual o destino do urbanismo e da economia urbana na região após sua conquista pelos Vândalos. Ora, a partir das primeiras décadas do século V, as cidades africanas conhecem mudanças significativas nas formas tradicionais do urbanismo, com a perda de importância do fórum em benefício do complexo episcopal, o abandono de alguns lugares de espetáculo e a conversão de muitos edifícios públicos em igrejas. Constata-se uma menor regulamentação da malha urbana pelas autoridades municipais, com a ocupação de ruas e de outros espaços públicos por casebres, lojas e oficinas. Mas, apesar disso, as escavações em Cartago e em outros sítios urbanos não mostram nenhuma diminuição da área habitada. Com a reconquista bizantina, no segundo quarto do século VI, inúmeros trabalhos de construção são empreendidos em diversas cidades. Em geral, trata-se da edificação de igrejas e fortificações, mas em Cartago verificam-se também restaurações das ruas e dos edifícios de habitação, além de importantes trabalhos de reconstrução dos portos. A organização dessas cidades, porém, havia-se modificado em profundidade, já que não se organizavam mais em torno do fórum, mas da fortaleza e das igrejas. Pode-se, portanto, afirmar que, por essa época, as formas tradicionais de vida cívica haviam desaparecido, mas não, certamente, a vida urbana em si.” OLIVEIRA, Julio César M. de. O conceito de Antiguidade Tardia e as transformações da cidade antiga: o caso da África do Norte. Revista de E. F. e H. da Antiguidade, Campinas, nº 24, jul. 2007/jun.2008, p. 131.
A partir do trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a presença vândala e bizantina no norte da África, é correto afirmar:
1. Os “bárbaros” europeus que invadiram o Império Romano primeiramente invadiram o norte da África e, a partir dali, conseguiram alcançar os territórios europeus.
2. Foi inicialmente com os vândalos europeus e, depois, com a invasão bizantina, que o islamismo foi introduzido na África.
3. Correta: Os bizantinos foram que conseguiram expulsar os vândalos, no ano de 533 d.C., após um período longo de pacificação entre vândalos e bizantinos.
4. Os “bárbaros” europeus não conseguiram sucessos no norte da África e logo foram rechaçados pelos berberes já cristianizados.
5. Os berberes foram muito receptivos aos bizantinos, porque eram bastante simpáticos a esse povo e sentiam que, com eles, uma nova fase na região começaria.

Analisando o trecho acima dentro do contexto amplo de sua produção, e considerando seus conhecimentos sobre a presença árabe na África, é correto afirmar:
Com relação às ideias apresentadas nos dois trechos e suas possíveis conexões com a história dos ameríndios, avalie as afirmacoes a seguir:
1. Para o islamismo do norte da África do século XV, a sexualidade seria também obra divina, sendo a invocação a Deus no texto de O Jardim Perfumado exemplo das relações sociais igualitárias entre homens e mulheres fundadas em princípios religiosos.
2. A rápida expansão cristã na África subsaariana a partir do século XV foi caracterizada pela dominação cultural de divulgação de ideais europeus de civilidade a partir de manuais de conduta como O Jardim Perfumado.
3. A presença árabe no norte da África foi contestada, desde o século XV, pela expansão cristã a partir da Península Ibérica, promovendo uma desestruturação social marcada por uma literatura de emancipação feminina da qual O Jardim Perfumado é exemplo.
4. Expandindo-se desde o século IV a partir de África do Sul e alcançando a Etiópia no XV, a literatura islâmica, fortemente erotizada, defendida a igualdade de homens e mulheres dentro do relacionamento marital e, inclusive, em questões sexuais.
5. Correta: Com a cultura islâmica se difundindo pelo norte da África desde o século VII, as concepções religiosas que sustentavam a inferioridade social feminina eram difundidas também em obras como O Jardim Perfumado ou As Mil e Uma Noites. Resposta correta

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