O uso da fitoterapia tem aumentado nos países ocidentais como tratamento complementar, em conjunto com a medicina convencional. Em todo o mundo, os medicamentos à base de plantas desempenham um papel importante nos programas de cuidados de saúde. É também comum o uso de plantas junto com o tratamento medicamentoso, prescrito por um profissional ou não. Apesar de serem consideradas naturais e inofensivas no imaginário popular, plantas medicinais podem causar efeitos prejudiciais à saúde quando não utilizadas da forma correta. Fonte: SANTOS, Ravely L. et al. Análise sobre a fitoterapia como prática integrativa no Sistema Único de Saúde. Revista brasileira de plantas medicinais, v. 13, p. 486-491, 2011 (adaptado). Acesso em: out. 2024. A partir do texto, analise as afirmações a seguir: I. A crença de que plantas medicinais não fazem mal à saúde leva muitas pessoas a não informarem seus médicos sobre seu uso, dificultando a identificação de possíveis interações medicamentosas e riscos à saúde. II. A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L.), um fitoterápico antidepressivo, é um potente indutor das enzimas do citocromo P450 (CYP3A4) e da glicproteína-P, resultando na redução das concentrações de fármacos que estiverem sendo metabolizados conjuntamente, como a ciclosporina, varfarina, contraceptivos orais e outros fármacos, com prejuízos no tratamento. III. Um exemplo de interação farmacocinética entre plantas medicinais e medicamentos é o poejo (Mentha pulegium L.), cujo uso oral pode interferir na absorção de medicamentos contendo ferro, o que pode causar a redução no efeito dos medicamentos que contenham esse mineral e impactar no tratamento de reposição. IV. Por serem produtos naturais, as plantas medicinais e os fitoterápicos, que são medicamentos produzidos a partir delas, não tem o potencial de causar toxicidade ou efeitos adversos. O risco de danos à saúde da população se dá apenas por existir no mercado produtos adulterados, falsificados e contaminados. V. A fiscalização feita pelos órgãos oficiais em feira