João Goulart, o vice-presidente eleito na época, encontrou desafios para assumir a presidência, pois a ala conservadora do congresso o via como ameaça para empresários e interesses capitalistas. Os conservadores temiam que Jango transforma-se o Brasil em uma república comunista, uma vez que ele conseguia dialogar e prezar pela efetivação de direitos trabalhistas, sindicais e melhores condições de trabalho. João Goulart deixava claro que sua política era direcionada para o trabalhador e seus interesses, e isso incomodava profundamente produtores rurais, empresários e parte da ala militar. A Burguesia brasileira não queria um defensor no campo sindical e de trabalhadores operários e rurais. Ela queria o desenvolvimento intensificado a partir da exploração de mão obra (barata e desumana), com direitos mínimos (herança do processo escravagista), destruição de terras ambientais e indígenas, e aceleração de áreas urbanas. Esta burguesia estava articulada com os Estados Unidos, e qualquer ação contraria a ideologia capitalista, era vista como ameaça ou temida. Este período foi marcado por manipulações ideológicas para que João Goulart não chegasse ao poder. O governo João Goulart representou um período de intensa