O sistema de coordenadas geográficas localiza pontos na Terra por meio de meridianos e paralelos, com medidas em graus decimais ou sexagesimais. A latitude varia de 0° a 90° (positiva no norte, negativa no sul) e a longitude de 0° a 180° (positiva a leste, negativa a oeste). É útil para navegação e GPS, mas menos adequado para cálculos locais por usar ângulos. Já o sistema UTM resulta de uma projeção cilíndrica que transforma a superfície terrestre em coordenadas métricas. O globo é dividido em 60 fusos de 6° e as posições são dadas em metros (Easting e Northing). É amplamente usado em cartografia e engenharia por permitir maior precisão em levantamentos locais. Nos sistemas de referência geodésica, destacam-se o WGS-84 e o SIRGAS 2000. O WGS-84 é global, usado pelo GPS e definido matematicamente, sem depender de pontos fixos no terreno, o que garante aplicação universal, mas menor precisão em levantamentos locais. O SIRGAS 2000, por sua vez, é o sistema oficial no Brasil e na América do Sul. Ele conta com pontos geodésicos materializados, oferecendo maior confiabilidade em projetos técnicos e legais, como cartografia oficial e georreferenciamento de imóveis. Embora as diferenças entre os dois sejam pequenas (centímetros a poucos metros), o uso do SIRGAS 2000 é obrigatório no Brasil, pois garante precisão, padronização e alinhamento internacional. A escolha do sistema e do datum influencia diretamente na precisão dos mapas. Datums antigos como Córrego Alegre e SAD-69 são topocêntricos, enquanto os modernos, como WGS-84 e SIRGAS 2000, são geocêntricos. No Brasil, o SIRGAS 2000 assegura compatibilidade internacional e confiabilidade legal em projetos urbanos e cartográficos.