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QUESTÃO 03. (1.0 pontos) ( Carlos Alberto e Miguel são colegas de turma e estudam no 30 período da faculdade de Direito. Durante a aula de Direito Civil. Miguel, que anotava a matéria, vê que sua canela começa a falhar, Carlos Alberto, percebendo que o amigo está em dificuldades, abre seu estojo, tira dele uma lapiseira e, em silêncio, a entrega a Miguel que, também em silêncio, a aceita e retoma suas anotações. Ao final da aula. Carlos Alberto pede a lapiseira de volta. Miguel se recusa a devolvê-la. alegando ter havido uma doação na presença de diversas testemunhas. Pergunta-se: 1) Houve negócio jurídico entre Carlos Alberto e Miguel? Justifique a resposta. 2) Tomando por base a classificação de negócios jurídicos como podemos classificar o ato praticado? 3)É possível a prática de negócio jurídico sem a troca de palavra? 4)Como se deve resolver o conflito entre Carlos Alberto e Miguel diante das regras de interpretação contidas no nosso código civil?
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Ilmara Chaves

há 2 meses

Respostas

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há 2 meses

1) Houve negócio jurídico entre Carlos Alberto e Miguel? Não, não houve um negócio jurídico. A entrega da lapiseira foi um ato de ajuda e não uma doação formal. Miguel não manifestou a intenção de receber a lapiseira como doação, mas apenas aceitou-a para continuar suas anotações. 2) Como podemos classificar o ato praticado? O ato pode ser classificado como um ato de mera liberalidade ou um ato de assistência, já que Carlos Alberto não tinha a intenção de transferir a propriedade da lapiseira, mas sim de ajudar o amigo. 3) É possível a prática de negócio jurídico sem a troca de palavra? Sim, é possível. O Código Civil brasileiro admite a formação de negócios jurídicos por meio de atos não verbais, desde que haja manifestação de vontade clara, como no caso de doações tácitas ou atos que se inferem pela conduta das partes. 4) Como se deve resolver o conflito entre Carlos Alberto e Miguel? O conflito deve ser resolvido considerando a intenção das partes. Como Carlos Alberto não teve a intenção de doar a lapiseira, ele pode reivindicar a devolução. A interpretação deve levar em conta a boa-fé e a intenção de ajuda, mas a propriedade da lapiseira ainda pertence a Carlos Alberto. Portanto, Miguel deve devolver a lapiseira.

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