A grande especulação imobiliária e o avanço da urbanização têm proporcionado a criação de novos espaços de lazer gratuitos por empresas privadas. Os esportes coletivos, por serem atividades de lazer populares, têm proporcionado o ingresso de sujeitos provenientes de classes econômicas menos favorecidas a clubes recreativos. O avanço da urbanização tem restringido os espaços de lazer e a privatização desses espaços tem reconfigurado o acesso democrático a ambientes que eram caracterizados pelo livre acesso a qualquer praticante. As privatizações têm aberto oportunidades para as grandes empresas desenvolverem projetos de educação ambiental, resgatando os espaços e o acesso ao lazer para as classes menos favorecidas economicamente. A cultura brasileira de luta por seus direitos tem proporcionado que as organizações não-governamentais obtenham êxito nas tentativas de frear o avanço imobiliário e de construir novos espaços destinados ao lazer de acesso democrático.