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No século XIX, a literatura passou a desempenhar um papel fundamental na construção da cultura urbana e na representação das transformações sociais provocadas pela industrialização. Autores como Charles Dickens e Émile Zola retrataram em suas obras o cotidiano das grandes cidades, denunciando as desigualdades sociais, a miséria e os conflitos vividos pelas camadas populares. A literatura, nesse contexto, não apenas refletia a realidade urbana, mas também contribuía para a formação de uma nova sensibilidade coletiva, marcada pela experiência da modernidade. Essa aproximação entre literatura e história permitiu a construção de uma nova temporalidade narrativa, em que o passado e o presente se entrelaçam na representação da experiência humana. Conforme destaca a historiadora Sandra Jatahy Pesavento: “Ainda como desdobramento desta compreensão da História que a aproxima da Literatura, temos o entendimento de que ambas as narrativas realizam a configuração de um tempo. Seja este o que se passou, no caso da História, ou que poderia ter se passado, mas que realmente se passa, para a voz narrativa da Literatura, este tempo se constrói como uma nova temporalidade, nem presente nem passado, mas que ocupa o lugar do passado e, no caso da História, a ele se substitui.” (PESAVENTO, Sandra J. O mundo como texto: leituras da História e da literatura. História da Educação, n. 14, 2003, p. 33.) Analise, com base no estudo de caso apresentado, a relação entre literatura e cultura urbana no século XIX e identifique a alternativa correta. A A literatura do século XIX ignorou os problemas sociais das grandes cidades, concentrando-se em temas mitológicos e religiosos. B A literatura contribuiu para criar e alimentar um sentimento de cultura urbana, ao retratar o cotidiano das cidades e seus conflitos sociais. C A literatura do século XIX voltou-se exclusivamente para o campo e para os valores tradicionais, rejeitando a modernidade urbana. D Autores como Charles Dickens e Émile Zola idealizaram a vida nas cidades, retratando-a como símbolo de progresso e harmonia social.
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Sérgio Luís Marcelino

há 2 meses

Respostas

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há 2 meses

Vamos analisar cada uma das alternativas com base no contexto apresentado: A) A literatura do século XIX ignorou os problemas sociais das grandes cidades, concentrando-se em temas mitológicos e religiosos. - Esta afirmação é incorreta, pois o texto menciona que autores como Dickens e Zola retrataram as desigualdades sociais e a miséria nas cidades. B) A literatura contribuiu para criar e alimentar um sentimento de cultura urbana, ao retratar o cotidiano das cidades e seus conflitos sociais. - Esta alternativa está alinhada com o que foi apresentado no texto, que destaca como a literatura refletiu e contribuiu para a formação de uma nova sensibilidade coletiva em relação à vida urbana. C) A literatura do século XIX voltou-se exclusivamente para o campo e para os valores tradicionais, rejeitando a modernidade urbana. - Esta afirmação é falsa, pois o texto enfatiza a importância da literatura na representação das transformações sociais provocadas pela industrialização e a vida nas cidades. D) Autores como Charles Dickens e Émile Zola idealizaram a vida nas cidades, retratando-a como símbolo de progresso e harmonia social. - Esta alternativa também é incorreta, já que o texto menciona que esses autores denunciavam as desigualdades sociais e a miséria, em vez de idealizar a vida urbana. Diante da análise, a alternativa correta é: B) A literatura contribuiu para criar e alimentar um sentimento de cultura urbana, ao retratar o cotidiano das cidades e seus conflitos sociais.

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