A paralisia cerebral pode ser classificada a partir de diferentes critérios. O primeiro deles é a etiologia, ou seja, a causa ou o momento da lesão cerebral (pré-natal, perinatal ou pós-natal). O segundo critério envolve a natureza dos distúrbios do movimento, e o terceiro considera a topografia, ou seja, as regiões do corpo afetadas. 1. Quanto à área do cérebro afetada: Paralisia Cerebral Espástica: É o tipo mais comum e afeta o córtex motor. Caracteriza-se pelo aumento do tônus muscular (hipertonia), resultando em rigidez muscular e movimentos limitados. As contraturas musculares são comuns e, com o tempo, podem comprometer a estrutura óssea, gerando deformidades. Atividades como sentar, engatinhar e andar podem ser atrasadas ou dificultadas. Paralisia Cerebral Extrapiramidal (ou Discinética): Envolve lesões nos núcleos da base do cérebro. Os movimentos involuntários, como cãibras, são frequentes, assim como a distonia — alteração da postura causada por contrações musculares. Crianças com esse tipo de paralisia também podem apresentar dificuldades de equilíbrio e alterações na fala. Paralisia Cerebral Atáxica: É a forma mais rara e resulta de lesões no cerebelo, área responsável pelo equilíbrio e coordenação. As crianças apresentam tremores, desequilíbrios, movimentos descoordenados e dificuldades na marcha, além de atrasos na linguagem e possíveis déficits cognitivos.