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Substâncias orgânicas com um átomo ou grupo eletronegativo ligado a um carbono sp3 podem sofrer reações onde esse grupo é substituído por outro, denominadas substituições nucleofílicas. A história da elucidação desses mecanismos envolveu descobertas cruciais, como as de Walden, que observou a interconversão entre enantiômeros, e de Kenyon, que investigou a inversão de configuração em carbonos assimétricos durante essas reações.
Considere um experimento onde um composto quiral A reage por uma via de substituição nucleofílica com um nucleófilo forte. Se, ao final da reação, for observado que a configuração do centro quiral no produto B foi invertida em relação ao composto A, qual das seguintes conclusões sobre o mecanismo dessa reação é mais provável?
A A formação de um racemato como produto principal seria esperada caso a reação ocorresse com inversão de configuração completa.
B A ausência de um carbocátion intermediário indica que a reação não envolveu quebra de ligação carbono-grupo de saída na etapa determinante da velocidade.
C A inversão de configuração observada sugere um mecanismo bimolecular (SN2) com um ataque do nucleófilo ocorrendo simultaneamente à saída do grupo substituinte, por lados opostos do carbono reacional.
D A reação provavelmente seguiu um mecanismo unimolecular (SN1), onde o nucleófilo ataca antes da saída do grupo de saída.
E A reação ocorreu em múltiplas etapas, sem a formação de um intermediário instável.
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Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando que a inversão de configuração no centro quiral sugere um mecanismo específico de reação. A) A formação de um racemato como produto principal seria esperada caso a reação ocorresse com inversão de configuração completa. - Isso não é correto, pois a inversão de configuração sugere que o produto é um único enantiômero, não um racemato. B) A ausência de um carbocátion intermediário indica que a reação não envolveu quebra de ligação carbono-grupo de saída na etapa determinante da velocidade. - Isso não se aplica, pois a inversão de configuração sugere que houve uma quebra de ligação. C) A inversão de configuração observada sugere um mecanismo bimolecular (SN2) com um ataque do nucleófilo ocorrendo simultaneamente à saída do grupo substituinte, por lados opostos do carbono reacional. - Esta opção está correta, pois o mecanismo SN2 é caracterizado pela inversão de configuração devido ao ataque do nucleófilo. D) A reação provavelmente seguiu um mecanismo unimolecular (SN1), onde o nucleófilo ataca antes da saída do grupo de saída. - Isso não é correto, pois no mecanismo SN1 a configuração do centro quiral pode ser racemizada, não invertida. E) A reação ocorreu em múltiplas etapas, sem a formação de um intermediário instável. - Isso não é correto, pois um mecanismo SN2 é uma única etapa e não envolve intermediários. Portanto, a alternativa correta é: C A inversão de configuração observada sugere um mecanismo bimolecular (SN2) com um ataque do nucleófilo ocorrendo simultaneamente à saída do grupo substituinte, por lados opostos do carbono reacional.

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Reações de substituição nucleofílica bimolecular (SN2) em haletos de alquila primários e secundários exibem cinética de segunda ordem, onde a velocidade da reação depende da concentração tanto do substrato quanto do nucleófilo. O mecanismo SN2 ocorre em uma única etapa, através de um estado de transição, com o nucleófilo atacando o carbono eletrofílico simultaneamente à saída do grupo substituinte, resultando na inversão da configuração.
Um estudante de química está investigando a reação entre o 1-bromopropano e o hidróxido de sódio em solução. Ele observa que ao dobrar a concentração de ambos os reagentes, a velocidade da reação quadruplica. Além disso, ao utilizar um substrato quiral análogo, ele verifica que o produto formado apresenta inversão de configuração. Considerando essas observações e o mecanismo de reações SN2, qual das seguintes afirmacoes melhor explica os resultados experimentais do estudante?
A A quadruplicação da velocidade ao dobrar as concentrações indica que apenas o substrato participa da etapa determinante da velocidade.
B A reação provavelmente ocorre via um intermediário carbocatiônico, o que permite o ataque do nucleófilo por ambos os lados e explica a inversão de configuração.
C A inversão de configuração observada é inconsistente com um mecanismo SN2, sugerindo a ocorrência de múltiplas etapas com formação de carbocátion.
D A dependência da velocidade em relação à concentração de ambos os reagentes e a inversão de configuração são características que corroboram um mecanismo SN2 de etapa única com estado de transição.
E A cinética de primeira ordem em relação a cada reagente, combinada com a inversão de configuração, sugere que as etapas de ataque do nucleófilo e saída do grupo substituinte ocorrem sequencialmente e de forma independente.

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