Para responder à questão sobre as visões de Platão e Aristóteles em relação à mimese na poesia, precisamos analisar as alternativas apresentadas. Platão via a arte como uma imitação da realidade, e a poesia como uma "imitação da imitação", o que a tornava inferior. Por outro lado, Aristóteles tinha uma visão mais positiva da poesia, considerando-a uma forma de reprodução que poderia incluir criatividade e inovação. Vamos analisar as alternativas: A) A imitação só seria concretizada caso os poetas mantivessem o mesmo assunto durante o enredo, fator que pode ser facilmente seguido, uma vez que a poesia não leva em consideração a criatividade do escritor. - Esta opção não reflete a visão de Aristóteles, que valorizava a criatividade. B) O poeta precisava mudar a estrutura da poesia para que o público fosse surpreendido. - Embora a surpresa seja importante, não é o foco principal da visão de Aristóteles. C) Acreditava que a poesia dependia de uma estrutura de escrita, mas a criatividade imaginativa dependia do escritor. - Esta opção é parcialmente correta, mas não abrange completamente a ideia de Aristóteles sobre a imitação e a criatividade. D) A criatividade do escritor era influenciada pelo seu conhecimento de mundo, sendo impossível não imitar ideias já existentes, mas ao desenvolver uma nova poesia, o ser humano seria capaz de criar novas estruturas poéticas cada vez que produzisse uma obra. - Esta opção reflete bem a visão de Aristóteles, que reconhecia a influência do conhecimento e a capacidade de inovação na poesia. E) Cada gênero deve manter sua estrutura de desenvolvimento, mas o que difere a imitação de reprodução na poesia são os deuses escolhidos pelo escritor para compor sua narrativa. - Esta opção não é uma representação precisa da visão de Aristóteles. Diante da análise, a alternativa que melhor representa a visão de Aristóteles sobre a poesia e a mimese é: D) A criatividade do escritor era influenciada pelo seu conhecimento de mundo, sendo impossível não imitar ideias já existentes, mas ao desenvolver uma nova poesia, o ser humano seria capaz de criar novas estruturas poéticas cada vez que produzisse uma obra.