A relação entre eficácia, justiça e validade da norma jurídica é um tema central na Teoria Geral do Direito. A validade diz respeito à conformidade da norma com o ordenamento jurídico, ou seja, se ela foi criada de acordo com os procedimentos legais. A eficácia refere-se à capacidade da norma de produzir efeitos na realidade, ou seja, se ela é realmente aplicada e respeitada. No caso apresentado, a norma é válida e eficaz, pois foi criada por um órgão competente e está sendo aplicada. No entanto, a questão da justiça entra em cena quando se considera o impacto da norma sobre a dignidade da pessoa humana, um princípio fundamental da Constituição. Diante de uma norma que, embora válida e eficaz, é questionada em termos de justiça, a postura do Judiciário deve ser a de avaliar a compatibilidade da norma com os direitos fundamentais. O Judiciário pode, por exemplo, declarar a inconstitucionalidade da norma se entender que ela viola princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana. Além disso, pode buscar soluções que garantam a proteção dos direitos dos indivíduos afetados, promovendo um equilíbrio entre a ordem pública e a justiça social. Assim, a análise do Judiciário deve considerar não apenas a validade e eficácia da norma, mas também seu conteúdo ético e moral, buscando sempre a promoção da justiça e a proteção dos direitos fundamentais.