Vamos analisar as afirmações uma a uma: 1. A mãe que mata o filho só pode ser denunciada por infanticídio: Isso é parcialmente correto. O infanticídio é um crime específico previsto no artigo 123 do Código Penal, que se aplica a mães que matam seus filhos durante o parto ou logo após, em estado de perturbação mental. No entanto, se a mãe não estiver nessa condição, pode ser denunciada por homicídio. 2. O crime de lesão corporal seguida de morte pune tanto o dolo como a culpa no resultado agravador: Correto. O artigo 129, § 3º do CP prevê que a lesão corporal que resulta em morte pode ser punida tanto na forma dolosa quanto culposa. 3. O suicídio não é ilícito penal, por isso, o comportamento de quem induz outrem a suicidar-se é penalmente irrelevante: Incorreto. Embora o suicídio em si não seja crime, induzir alguém ao suicídio pode ser considerado crime, conforme o artigo 122 do CP, que trata do homicídio por induzimento. 4. O homicídio privilegiado é incompatível com as qualificadoras subjetivas, mas é compatível com as qualificadoras objetivas: Correto. O homicídio privilegiado (art. 121, § 1º do CP) é uma forma de homicídio que considera a situação do agente, mas não pode ser qualificado por motivos torpes ou fúteis, que são subjetivas. 5. Quem auxilia a gestante, induzindo, instigando, acompanhando ou pagando o aborto, será co-partícipe do crime previsto no art. 126 e não do art. 124 do CP: Correto. O artigo 126 do CP trata do aborto realizado com consentimento da gestante, enquanto o artigo 124 trata do aborto sem consentimento. Portanto, a análise das afirmações mostra que algumas estão corretas e outras não. É importante sempre considerar o contexto legal e as definições específicas do Código Penal.