Ed
há 2 semanas
Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas sobre o exercício do poder de autotutela pela Administração Pública: A) O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus próprios atos não está sujeito a limites temporais, por força do princípio da supremacia do interesse público. - Esta afirmação não é correta, pois a Administração Pública deve respeitar limites temporais para a anulação de atos administrativos, conforme o princípio da segurança jurídica. B) Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão de conduta do beneficiário que tenha sido antecedente à outorga do ato. - Esta afirmação é restritiva e não reflete a totalidade das situações em que a cassação pode ocorrer. C) É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para invalidação de situações plenamente constituídas com base em orientação geral vigente à época do aperfeiçoamento do ato administrativo que as gerou. - Esta afirmação está correta, pois respeita o princípio da segurança jurídica e a proteção da confiança legítima. D) É possível utilizar-se a revogação, ao invés da anulação, de modo a atribuir efeito ex nunc à revisão de ato administrativo, quando se afigurar conveniente tal solução, à luz do princípio da confiança legítima. - Esta afirmação é verdadeira, pois a revogação pode ser utilizada para efeitos futuros, respeitando a confiança legítima. E) Não é possível convalidar ato administrativo cujos efeitos já tenham se exaurido. - Esta afirmação não é correta, pois a convalidação pode ocorrer em certos casos, mesmo que os efeitos já tenham se exaurido, dependendo da situação. Após essa análise, as alternativas C e D estão corretas, mas a que melhor se encaixa no contexto do poder de autotutela e é mais amplamente aceita é a C. Portanto, a resposta correta é: C.