Ed
anteontem
Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o pensamento de Thomas Hobbes sobre o estado de natureza e o estado civil. a) Para Hobbes, dado que o homem é corrompido pela vida em sociedade, malgrado ter uma boa índole, não há outra alternativa senão entregar todos os seus direitos para o soberano por meio de um contrato social. - Essa afirmação não é precisa, pois Hobbes acredita que o homem no estado de natureza é egoísta e violento, e não necessariamente tem uma "boa índole". b) Para Hobbes, apesar da segurança do estado de natureza, é conveniente que o indivíduo passe para o estado civil de modo a melhor atingir as suas potencialidades. - Hobbes não considera o estado de natureza seguro; ele o vê como um estado de guerra de todos contra todos. c) Para Hobbes, o estado civil permite que a liberdade do indivíduo seja protegida dos demais por meio da vontade geral, que será representada pelo Estado denominado por ele de Leviatã. - Essa afirmação confunde a ideia de Hobbes com a de Rousseau. Hobbes fala sobre um soberano absoluto, não sobre a vontade geral. d) Para Hobbes, ao passar do estado de natureza para o estado civil, o grupo entrega o poder social para um novo sujeito, que é justamente o Estado, caracterizado por contar com poderes absolutos. - Esta afirmação está correta. Hobbes argumenta que, ao formar um contrato social, os indivíduos entregam seus direitos ao Estado, que possui poder absoluto para garantir a paz e a segurança. e) Para Hobbes, com o intuito de preservar a vida e a propriedade privada, o homem se utiliza de um pacto social para afastar os perigos do estado de natureza e passa para o estado civil. - Embora isso tenha um fundo de verdade, a ênfase de Hobbes está mais na segurança e na ordem do que na propriedade privada. A alternativa correta, que melhor representa o pensamento de Hobbes sobre a transição do estado de natureza para o estado civil, é: d) Para Hobbes, ao passar do estado de natureza para o estado civil, o grupo entrega o poder social para um novo sujeito, que é justamente o Estado, caracterizado por contar com poderes absolutos.