1 - CF: é fonte formal imediata, porém, não pode criar crime ou cominar pena.
2 - Em razão de seu processo rígido (moroso) de alteração.
3 - Muito embora não possa criar infrações penais ou cominar sanções, a CF nos revela o Direito Penal estabelecendo patamares mínimos (mandado constitucional de criminalização) abaixo dos quais a intervenção penal não se pode reduzir.
Att J.Junio
1 - A Constituição Federal é fruto do poder constituinte originário, que nós cidadãos outorgamos a Assembleia constituinte para faze-la.
2 - A constituição é classificada como fonte formal imediata do Direito, porém ela não pode Legislar sobre Direito Penal, mas ela possui "normas incriminadoras" que servem de base para a criação de leis penais.
4 - E para filazar o questionamento, a constituição não pode criar crimes por conta da sua rigidez, porque seria muito demorado para tentar conseguir um quórum tão grande para à aprovação de uma emenda constitucional. Já imaginou conseguir um quórum de 3/5 para a aprovação de uma lei penal na Constituição? A sociedade muda muito rápido e a leis tem que acompanhar essa mudança. Já imaginou a quantidade de emendas que teriamos? Por isso a Constuição cria a "norma incriminadora", para que depois o legislador através da lei complementar crie as Leis Penais.
"Primeiramente assevera-se que somente o Estado pode produzir legislação penal. Mais especificamente, no caso do Brasil, cabe privativamente à União legislar sobre matéria penal, segundo comando contido no art. 22, I, da Constituição Federal.O mesmo art. 22 da CF, no entanto, em seu parágrafo único, prevê a possibilidade dos Estados membros legislarem sobre as matérias relacionadas nos incisos de tal dispositivo (dentre elas, matéria penal). Eis a redação do art. 22, parágrafo único, da CF: “Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo”.Está claro no dispositivo constitucional, contudo, que a autorização por lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional somente pode autorizar a legislação estadual abordar questões específicas, assim entendidas da seguinte forma na seara penal, segundo ensinamentos de Gomes e Molina (2007, v. 2, p. 25):
Sublinhe-se: questões “específicas”: uma regra penal sobre trânsito em uma determinada localidade, sobre meio ambiente em uma região etc. Logo, nenhum Estado está autorizado a legislar sobre temas fundamentais do Direito Penal (sobre o princípio da legalidade, sobre as causas de exclusão da antijuridicidade, sobre a configuração do delito etc.).
No âmbito destas questões específicas seria possível, inclusive, a criação de delitos através de legislação estadual. Com esse teor o posicionamento de Guilherme de Souza Nucci (2006, p. 57):
Portanto, visando à regionalização de determinadas questões penais, seria admissível que a União autorizasse o Estado a construir um tipo penal incriminador, prevendo delito peculiar a certa parte do país.
Até a presente data, entretanto, desconhecemos que a União tenha autorizado algum Estado membro criar delitos, porém fica registrada essa posição doutrinária quanto a tal possibilidade. Ratifique-se, inobstante, que normatizações fundamentais de conteúdo penal não poderão ser veiculadas por legislação estadual, mesmo que a pretensão seja de abrangência apenas local (no âmbito do Estado membro criador).O entendimento quanto à competência privativa da União para legislar sobre Direito Penal norteou a aprovação, em 26/11/2003, da Súmula 722 do STF, in verbis: “São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento”.Diante do exposto, pode-se dizer que, em nosso país, a União é a fonte de produção do Direito Penal; podendo, excepcionalmente, delegar aos Estados membros, através de lei complementar, a competência para legislar sobre questões específicas de natureza penal."
ATT, Lázaro Machado
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