Um paciente de 78 anos com diagnóstico de insuficiência respiratória grave devido a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) avançada está internado na UTI. Apesar do suporte ventilatório, a condição clínica do paciente não apresenta chances de recuperação, e ele permanece em sofrimento evidente, com episódios frequentes de agitação e dor. Antes de sua internação, o paciente havia expressado a vontade de não ser submetido a tratamentos que prolongassem sua vida sem melhora significativa na qualidade de vida. A família, entretanto, está dividida: enquanto alguns membros acreditam que a manutenção do suporte é essencial para "dar mais tempo", outros consideram que prolongar o tratamento contraria os desejos do paciente e agrava seu sofrimento. A equipe médica avalia a possibilidade de suspender a ventilação mecânica, ponderando os princípios éticos envolvidos. Analise como os princípios da beneficência e da não maleficência devem orientar a decisão da equipe médica sobre a suspensão do suporte ventilatório, considerando os aspectos clínicos e éticos da situação. Grupo de escolhas da pergunta A não maleficência sugere a suspensão do suporte ventilatório, pois mantê-lo pode causar sofrimento desnecessário e contrariar os desejos expressos pelo paciente. A beneficência exige que o suporte ventilatório seja mantido, pois ele prolonga a vida do paciente, independentemente do impacto na qualidade de vida. A equipe deve manter o suporte ventilatório até que todos os membros da família estejam de acordo, para evitar conflitos e processos judiciais. A beneficência e a não maleficência são conflitantes, mas a decisão deve ser exclusivamente técnica, ignorando as vontades do paciente e da família. O suporte ventilatório deve ser suspenso apenas se a equipe médica julgar que os custos do tratamento não são justificados.