Sim, o pedido de redirecionamento da cobrança para a pessoa física do sócio pode ter fundamentação jurídica. De acordo com o artigo 135 do Código Tributário Nacional (CTN), os sócios podem ser responsabilizados por dívidas tributárias da empresa em casos de abuso de poder ou infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto da empresa. Se "G" agiu com excesso de poderes e violou o contrato social, isso pode caracterizar a prática de atos que geraram a responsabilidade pessoal dele pelas obrigações tributárias da empresa. Assim, a Fazenda Pública pode solicitar o redirecionamento da execução fiscal para a pessoa física do sócio, fundamentando-se na teoria da desconsideração da personalidade jurídica, que permite que a proteção da personalidade da empresa seja afastada em situações de abuso. Portanto, a justificativa para o redirecionamento está na responsabilidade que o sócio pode ter em decorrência de sua conduta irregular na administração da empresa.