A mastite bovina, inflamação da glândula mamária, representa o principal desafio sanitário e econômico na pecuária leiteira mundial. Sua ocorrência está diretamente relacionada a perdas na produção, redução da qualidade do leite (alterações em composição e qualidade microbiológica) e descarte precoce de animais. A doença pode ser classificada em clínica (com alterações visíveis no leite, no úbere e no animal) e subclínica (sem alterações aparentes, porém com aumento da Contagem de Células Somáticas - CCS no leite), sendo esta última a mais prevalente e de difícil detecção. A prevenção baseia-se na adoção de práticas de manejo que minimizem a exposição aos agentes patogênicos e fortaleçam a defesa natural do úbere. Programas como os "5 Pontos Chave" do National Mastitis Council (NMC) são amplamente difundidos: 1) Higiene e desinfecção da ordenha; 2) Manejo adequado da ordenha; 3) Terapia antimicrobiana da vaca seca; 4) Manejo de casos clínicos; e 5) Manutenção dos equipamentos de ordenha. A eficácia dessas medidas, no entanto, depende de uma abordagem integrada e do entendimento dos fatores de risco envolvidos. Um produtor de leite,