A infância não pode ser compreendida apenas como uma fase do desenvolvimento biológico. De acordo com Manuel Jacinto Sarmento (2004), trata-se de uma construção social, histórica e política, moldada por normas, instituições e representações culturais. Nesse sentido, as crianças são vistas não apenas como seres em desenvolvimento, mas como atores sociais ativos, produtores de cultura e participantes das dinâmicas sociais. Reconhecer esse protagonismo infantil é essencial para romper com visões reducionistas que limitam a infância à passividade ou dependência dos adultos.