Se a lei penal retroage em benefício do réu, então não faz sentido o legislador criar penas mais rígida?

O sentido passará a valer a partir da própria lei, apenas os processos anteriores a nova legislação não são atingidos. A exemplo das diferenças entre extorsão mediante sequestro e extorsão (o sequestro relâmpago), onde no primeiro caso uma nova lei vigorada durante o tempo que perdurar o cárcere alcançará os responsáveis, já no segundo não, porque o ilícito finda brevemente como expõe a própria denominação popular da lei. No exemplo do roubo de galinhas a lei B não beneficiará o réu sentenciado pela lei A, até porque a pena é maior, mas se fosse o inverso sim.

Ex. Réu sentenciado a uma pena de 2 anos e em cumprimento desta, será beneficiado por lei posterior que diminua a pena para o ilícito por ele praticado.

O princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica é chancelado com a qualidade de cláusula pétrea pela Constituição Federal de 1988 (art. 5º., XL c/c art. 60, §4º., IV).

Espero ter ajudado.