O impeachment é quando o Presidente é retirado do poder, por descumprimento de algum requisito previsto na constituião federal, artigos 85 e 86, não se tratando de uma pena.
O Supremo Tribunal Federal, em diversas oportunidades, (HC nº 70.033-DF, o HC nº 70.055-DF, e o HC nº 69.647-DF) denominou a sanção resultante do processo de impeachment como de natureza político-administrativa.
Por esse lado, se observarmos a matéria sob a ótica da doutrina que aceita que uma sanção, quando é favorável, é chamada de sanção premial, e quando desfavorável é chamada de pena, podemos considerar a sanção resultante do processo de impeachment uma pena.
No entanto, há certa divergencia doutrinária a respeito do processo de impeachment: há quem entenda que o instituto tem natureza criminal, natureza mista, e natureza política.
Para Brossard, o instituto possui feição política, "originando-se de causas políticas, objetivando resultados políticos, bem como instaurado e julgado segundo critérios políticos, embora não exclua, obviamente, a utilização de critérios jurídicos".
José Afonso da Silva também entende ser o processo de natureza político-administrativa.
Francisco Sá Filho, por sua vez, o considera possuidor de uma natureza mista, tanto política como criminal.
Pontes de Miranda defende a natureza criminal do instituto. Para ele, os crimes de responsabilidade são figuras delituais penais.
Sepúlveda Pertence, no julgamento do MS nº 20.941-DF, entendeu o seguinte:
"Não obstante convencido de que o processo de impeachment é um mecanismo jurisdicional de aplicação de sanção punitiva, e, sob esse ângulo, um instituto de forma penal, não mais lhe contesto a natureza essencialmente política, que o distingue nitidamente dos mecanismos processuais da jurisdição criminal do Poder Judiciário.”
Nós entendemos da mesma maneira que este último. A sanção desfavorável resultante do processo de impeachment, ao nosso ver, não tem natureza penal, e sim político-administrativa.
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