A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência feita pelo senador Romário, redigiu o art. 3º e revogou os incisos II e III do CC, o que acontece com os que já eram interditados por esses incisos ? Deixamd e ser incapaz ? perdem os curadores ?
Os que já possuem curadores em decorrência desses incisos não fizeram coisa julgada? Quer dizer, a alteração não valerá somente para os que foram decretados incapazes a partir da entrada em vigor da nova redação?
Ainda não temos manifestação jurisprudencial sólida acerca do tema, então nos resta trabalhar com a lei e com a doutrina.
Devemos lembrar que a coisa julgada que declarou a incapacidade deve ser respeitada, sendo certo, ainda, que a lei não retroage no presente caso, razão pela qual não visualizo argumentos para modificação dos julgados, com recuperação da incapacidade e perda dos curadores de forma automática.
Nada obstante, devemos lembrar que toda incapacidade é, em regra, transitória, pois mesmo quando a lei fala "causa permanente" não pode negar a revisão de uma decisão por conta de uma recuperação que possa ser considerada por alguns "um milagre".
Assim, entendo que a solução deva ser a mesma para o caso daqueles considerados incapazes, mas que se convalidam, ou seja, a questão deve ser rediscutida nos próprios autos, demonstrando que a norma mudou e que não subsistem quaisquer outros fatores que mantenham a incapacidade civil, relativa ou absoluta, do sujeito.
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