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justiça o que é fazer a coisa certa

Capítulo I  O primeiro capítulo pode ser considerado como uma introdução, inserindo quais os conceitos que serão desenvolvidos no decorrer do livro e de que maneira. Sander inicia com o relato de diversos casos em que a problemática reinava sobre que tipo de justiça adotar. O autor descreve que a justiça que o livro abordará estará restrita às concepções de liberdade, bem estar e virtude, cada uma analisada sob os pontos de vista de filósofos clássicos e modernos. O objetivo principal do livro parece reinar sobre a construção de uma reflexão moral acerca da justiça tendo como ideia central a edificação da crítica por meio da ação e razão da coletividade. Capítulo II  O autor abre o capítulo com o caso de três sobreviventes de um naufrágio que sobreviveram dias no mar (em um bote) ao comer um outro sobrevivente adoecido. Aqui são apresentados dois conceitos morais diferentes: a) moral utilitarista, que calcula os custos e benefícios a fim de analisar as consequências; b) a concepção de moral que acredita existir uma relação mais profunda e transcendental de direitos e pessoas. Jeremy Betham foi o criador do pensamento utilitarista. De acordo com ele todos os seres humanos são regidos por prazeres e dores. Partindo dessa ideia, a moral deveria buscar a máxima felicidade dos sujeitos, induzindo, inclusive, o Estado a legislar em prol do maior prazer social. Esse maior prazer seria medido de acordo com o maior número possível de pessoas que acordassem com este. Dessa premissa Sandel apresenta alguns casos incluindo nas suas perguntas, algumas objeções a essa teoria: * O utilitarismo de Betham não consegue respeitar os direitos individuais, podendo ser muito cruel com o indivíduo isolado. Ex: cristãos jogados aos leões; tortura de alguém que se acredite ser terrorista; cidade da felicidade, em que todos os moradores são felizes às custas de uma criança que fica presa ao subsolo. * Os prazeres são qualificados em uma única moeda, ou seja, não existe moral maior ou menor que outros. Fora que não é feito julgamento acerca das preferências morais. Ex: quanto vale a vida humana? a) empresa de tabagismo faz pesquisa dizendo que o Estado lucra mais com mortes do que com investimento em saúde pública; b) pagar indenização por carro explodindo custa menos à Forde do que substituir o tanque; c) vida do idoso tem menos valor que a vida de um jovem. Jonh Stuart Mill tenta salvar o utilitarismo desenvolvendo uma teoria mais humana e menos calculista. De acordo com esse autor, as pessoas devem ser livres para fazerem o que quiserem desde que não prejudiquem as outras. O Estado não pode se intrometer na liberdade de um sujeito. O indivíduo só responde publicamente se seus atos prejudiquem aos outros. Sandel alega que apesar de Mill se declarar utilitarista e defender esse título, sua filosofia necessita de uma base moral mais concreta. Ainda assim, Mill defende seu ponto de vista da seguinte forma: * A máxima felicidade deve ser almejada em longo prazo e não em curto prazo. Nesse sentido, a satisfação de prazeres imediatos de uma maioria não consistiria na melhor resposta para a sociedade; no caso de interferência da liberdade de uma minoria, pelo prazer da maioria, não consistiria na melhor resposta para a sociedade; no caso de interferência da liberdade de uma minoria, pelo prazer da maioria, não seria justo. O autor alega que somente com o tempo, permitindo a liberdade de construção de ideias, a sociedade conseguiria atingir a máxima felicidade; outrossim, o autor considera a sociedade que força seus membros a abraçar costumes e crenças está sujeita a cair em conformismo, privando seus membros de atingir avanço social. A finalidade máxima da vida humana é desenvolver livremente as suas capacidades. Aqui é possível vislumbrar que o autor apela para valores morais além dos utilitários (ideais de caráter e desenvolvimento humano). * Para Mill existem prazeres superiores e inferiores, sendo que aqueles são medidos de acordo com a sua capacidade de nos desenvolver como humanos (Simpson X Hamlet).  Capítulo III  O autor abre o capítulo questionando se seria moralmente certo taxar os ricos para distribuir aos pobres. A corrente filosófica desenvolvida nessa parte, que tenta responder negativamente a questão, é a libertária. De acordo com essa filosofia, existem alguns direitos que são intrínsecos ao ser humano, não devendo o Estado interferir nessa seara. O princípio da liberdade é um deles. A teoria libertária rejeita três diretrizes do Estado: a)paternalismo; b)legislação sobre a moral; c) distribuição de riqueza ou renda. Nobert Nozick é um dos expoentes dessa corrente, pregando que todos são livres por natureza e, portanto, donos de si mesmos e dos frutos do seu trabalho. Se o Estado taxa a renda dos ricos está parcialmente tomando a posse deles para si; esse exercício é, então, ilegítimo. Sandel objeta essa ideia através de exemplos extremos que outros princípios morais são aclamados para justificar algumas atitudes que vão de encontro ao controle estatal sobre o indivíduo. Nesse sentido, é deixada a questão: somos realmente donos de nós mesmos?  Capítulo IV  Esse capítulo tem a finalidade de analisar as últimas de duas teorias abordadas no contexto do livre mercado analisando dois exemplos: exército voluntário e barriga de aluguel. De acordo com a filosofia libertária, o Estado não deveria se intrometer no livre mercado sob consequência ferir a liberdade individual do indivíduo. Já para os utilitaristas, o livre mercado promove o bem estar, ao fazer feliz o contratante e o contratado. Entretanto, é questionado em até que ponto o livre mercado parte de reais pressupostos de equidade entre os sujeitos, e se existem certos bens e práticos sociais que transcendem valores convencionais. Nos Estados Unidos, o exército é composto por soldados “contratados” como se fosse qualquer trabalho dentro da lógica de livre mercado. Para os que defendem um exército voluntário, não há nada de errado nessa prática, uma vez que aqueles que vão para guerra escolheram esse destino e ainda ganham dinheiro em troca (lógica libertária e utilitarista). No entanto, são feitas duas objeções: * Aqueles que compõem o exército não estavam, de fato, livres para essa escolha, mas a fizeram por necessidade financeira; tanto é, que Sandel demonstra por estatística que maioria dos membros do exército faz parte dos estratos mais baixos da população. * A segunda objeção tem a ver com virtude cívica, no sentido de que lutar pelo país faz partes de um dos deveres do cidadão, não podendo ser comercializada, principalmente porque afasta o cidadão da escolha de se envolver ou não em um conflito externo.  O segundo caso colocado pelo autor é a locação de barriga para parto de crianças. Para alguns, trata-se de um contrato legítimo, mas Sandel também faz duas objeções: * Até que ponto a mãe que carrega a criança é realmente livre e está ciente do que poderá ocorrer após o parto? * Trata-se de um comércio de bebês que valoriza comercialmente uma pessoa?  Capítulo V  O quinto capítulo é dedicado à análise da teoria kantiana da moral, desenvolvendo, simultaneamente, uma crítica à filosofia libertária e ao utilitarismo. De acordo com Kant, o que distingue um ser humano de um objeto ou um animal é a sua capacidade de raciocinar e de ser livre. Essa capacidade dá ao homem um significado em si mesmo e sua consequente dignidade que não pode ser desconsiderada sob pena de nos tornar objeto. A liberdade não é algo que se obtenha pelo simples fato de agir como bem se entende. Na verdade, a liberdade é conquistada através da superação das ações heterônimas por meio da razão para que se possa atingir autonomia, e, portanto, liberdade. Para que se entenda melhor, é importante saber que Kant considera que todas as ações – tanto dos homens, quanto dos objetos – são guiados por leis, sejam elas naturais, sociais ou autônomas. Sentidos, desejos, necessidades e paixões 

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Cleivisson Veloso

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