Se há ou não designos autônomos (vontades autônomas).
No concurso formal próprio não há designos autônomos (vontades autonomas), há uma única vontade, neste caso a pena aplicada será a do crime mais grave (se diferentes) ou de um dos crimes (se iguais), aumetada de 1/6 até 1/2. Ocorre em crimes culposos, nos preterdolosos, na aberratio ictus, na aberratio criminis (com duplo resultado) e também no dolo eventual.
Já no concurso formal impróprio, há designos autônomos, há vontade de praticar cada crime que ocorreu, neste caso ocorre a regra do cúmulo material (regra do concurso material) somando-se as penas de cada crime praticado. Aqui há dolo direto em cada um dos crimes perpretados.
Exemplos
Próprio: Agente que para matar seu desafeto, atira contra este, porém o projetil atravessa e mata, também, um terceiro. Neste caso houve uma única vontade, a de matar o desafeto, porém ocorreu também, de forma culposa, a morte do terceiro. Assim a pena será a do homicídio aumentada de 1/6 até 1/2.
Impróprio: Doméstica que com raiva da familia que a emprega e querendo matar o pai, a mãe e o filho, envenena um bolo e deixa para que estes comam-no, de fato todos comem e morrem. Veja que com uma ação (envenenar o bolo) houve 3 mortes e que a doméstica de fato queria estas 3 mortes. Assim, apesar da ação única, como houve designos autônomos (vontades autonomas) na realização de cada crime, a pena aplicada será a da soma dos 3 crimes de homicidio.
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