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ADPF 130, ADI 4815 e caso Lebach??

Boa Noite pessoal!
Tenho que fazer um trabalho sobre esses dois acórdãos e sobre o caso Lebach explicando cada um deles e relacionando-os. Alguém poderia me dizer algo a respeito de qualquer um dos três temas?

💡 2 Respostas

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Victor Bayeh

ao 

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Gabriela Gattulli

ADPF 130:

A ADPF 130, na qual o relator da ação foi o ministro Carlos Ayres Britto, foi ajuizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra a Lei de Imprensa (Lei 5.250/67).

O ministro relator votou pela procedência da ação,pois para ele, a Lei de Imprensa não poderia permanecer no ordenamento jurídico brasileiro, por ser incompatível com a Constituição Federal de 1988. O ministro também ressaltou que Constituição brasileira reservou um capítulo específico para a imprensa, devido à sua importância na sociedade.  Disse também que a imprensa é vista por si mesma e pela coletividade “como ferramenta institucional que transita da informação em geral e análise da matéria informada para a investigação, a denúncia e a cobrança de medidas corretivas sobre toda conduta que lhe parecer (a ela, imprensa) fora do esquadro jurídico e dos padrões minimamente aceitáveis como próprios da experiência humana em determinada quadra histórica”. Assim, completou que a característica multifuncional da imprensa atesta a evolução político-cultural de todo um povo. “Status de civilização avançada, por conseguinte”, afirmou.

O ministro relator foi acompanhado pelos ministros Eros Grau, Direito, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Cezar Peluso e Celso de Mello.  Os ministros Joaquim Barbosa, Ellen Gracie e Gilmar Mendes se pronunciaram pela parcial procedência da ação e o ministro Marco Aurélio, pela improcedência.

O único ministro a divergir, o ministro Marco Aurélio votou pela total improcedência da ação. “Deixemos à carga de nossos representantes, dos representantes do povo brasileiro, a edição de uma lei que substitua essa, sem ter-se enquanto isso o vácuo que só leva à babel, à bagunça, à insegurança jurídica, sem uma normativa explícita da matéria”, afirmou. Ele também afastou o argumento de que a edição da norma durante o período militar tornaria a lei, a priori, antidemocrática. “Não posso, de forma alguma, aqui proceder a partir de um ranço, de um pressuposto de que essa lei foi editada em regime que aponto não como de chumbo, mas como regime de exceção, considerado o essencialmente democrático.”

ADI 4815

Na ADI 4815, a Associação Nacional dos Editores de Livros (ANEL) sustentava que os artigos 20 e 21 do Código Civil conteriam regras incompatíveis com a liberdade de expressão e de informação, que exigia autorização prévia para publicação de biografias.  O tema foi objeto de audiência pública convocada pela relatora em novembro de 2013, com a participação de 17 expositores.

A relatora da ação ministra Cármen Lúcia, Federal julgou procedente a ação e declarou inexigível autorização prévia para a publicação de biografias.  Segundo o voto da relatora,  a decisão dá interpretação conforme a Constituição da República aos artigos 20 e 21 do Código Civil, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas). O julgamento foi unânime, todos os ministros compartilharam do entendimento da ministra relatora.

 Caso Lebach

 O caso julgado pelo tribunal Constitucional Alemão trata da ação impetrada por um cidadão condenado plea participação no assassinato e quatro soldados em 1970, no qual autores principais foram condenados à prisão perpétua e o partícipe a seis anos de reclusão. Dois anos depois da condenação, uma emissora de televisão editou um documentário sobre o caso, inclusive uma reconstituição com referência aos nomes dos envolvidos, o que levou o partícipe a requerer provimento judicial para impedir a divulgação do programa.

O tribunal entendeu que embora a regra seja o da prevalência do interesse na informação, a ponderação, deveria levar em conta que o interesse público não é mais atual e acaba cedendo em face do direito à ressocialização.  Quando em 1996, (no âmbito do caso “Lebach II), um novo documentário estava sendo preparado para divulgação, desta vez, contudo, foi a empresa de televisão que impetrou reclamação constitucional e acabou tendo sucesso, pois o TCF reconheceu que no documentário não havia elementos para identificar os autores do crime.

 

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