Jusnaturalismo é uma corrente teórica da Ciência do Direito que defende a existência de direitos inerentes à natureza humana. Seus teóricos defendem que o direito à liberdade, à honra e à dignidade seriam exemplos desses direitos inerentes à natureza humana, independentemente de a lei os reconhecer ou não.
Essa corrente se contrapõe ao juspositivismo, que defende a existência de direitos só quando estiverem previstos em lei (p. ex. o direito à igualdade, à segurança, à liberdade, à propriedade e outros só são direitos porque uma lei, que no nosso caso é a Constituição Federal, prevê).
Para o jusnaturalismo esses direitos o são porque inerentes à natureza humana, não porque está na lei, assim o que a Constituição Federal fez não seria criar os direitos, mas sim reconhecê-los. E para o juspositivismo os direitos só são direitos de verdade porque estão escritos na lei.
Um empecilho com relação ao jusnaturalismo - e Norberto Bobbio explica isso muito bem na Era dos Direitos - é a definição do que venha a ser a natureza humana. Não há definição para ela.
A Corrente do Jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um ideal de justiça.
O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza.
O Jusnaturalismo, ao contrário, prega que o Direito Positivo deve ser objeto de uma valoração, inspirada num sistema superior de princípios ou preceitos imutáveis que se denomina Direito Natural (‘direito pressuposto’, no iluminado ensinamento do professor Eros Grau), que corresponde a uma justiça maior, anterior e superior ao Estado e que emana da própria ordem equilibrada da natureza (ou de Deus).
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