Deus no preâmbulo da Constituição Federal

Um estado laico não é necessariamente um estado ateu. A religiosidade é parte importante da cultura brasileira. Além do mais, entende-se o termo "Deus" que aparece no preâmbulo da Constituição como termo genérico para divindades em geral, não necessariamente o Deus judaico-cristão. Mas com certeza cabe críticas à transcrição (embora pareça haver hoje questões mais irgentes para se resolver). Por outro lado, não parece, pelo menos a meu ver, haver a intenção de se fazer referência direta Iustitia em "Deus" na CF. Iustitia era uma divindade romana usada para designar a ideia de Justiça da época. No entanto, é inegável que diversos valores morais que hoje permeiam nosso sistema jurídico (como, por exemplo, igualdade  material, solidariedade, o cuidado com os vulneráveis, dentre tantos outros) tiveram origem em textos/ideias religiosas. Direito e Filosofia ocidentais inegavelmente sofreram influência de valores religiosos, principalmente valores cristãos. Agora, saber até que ponto isso foi (e/ou é) benéfico ou maléfico para nosso sistema jurídico e nossa sociedade definitivamente é uma questão que não será esgotada aqui, mas sim, debatida por anos, décadas, séculos... Espero ter ajudado com a opinião.

Nesse caso, a palavra “Deus” no preâmbulo da Constituição Federal não viola o Estado Laico, já que o preâmbulo não tem força normativa.

O Estado Laico pressupõe a "liberdade das crenças", assim sendo, o Estado deve-se manter neutro na questão Religiosa.

O Estado então não pode afirmar uma crença, qualquer imagem, qualquer coisa que represente uma crença deve ser extinto de orgãos públicos.

O TJ/RS foi um dos primeiros que aboliu o crucifixo da Justiça Estadual gaúcha, por uma ação movida pela Associação dos GLBTT de Porto Alegre.

O STF entendeu que são meras representações culturais da nossa sociedade(pensaram na repercussão que isto causaria no Vaticano) mas a maioria dos Ministros são Maçons e precisa manter o status quo.

No meu entendimento, esta questão é totalmente Inconstitucional e fere o art. 5º e art. 19 da C.F./1988.